(Ben-Hur )De William Wyler, Com Charlton Heston, Jack Hawkins, Stephen Boyd, Haya Hararett, EUA - Épico Religioso - Cor - MGM - 1959.
Terceira e sem dúvidas a melhor e mais arrebatadora versão para o cinema da obra Ben-Hur - A Tale of The Christ de Lew Wallace (1827-1905). A trama, praticamente a mesma filmada em 1925 por Fred Niblo (1874-1948), segue rigorosamente o romance original; Roma início da era cristã, o hebreu Judah Ben Hur (Heston) desentende-se com seu melhor amigo de outrora, o romano Messala (Boyd) que passa a ser seu inimigo e o transforma em escravo. Ben Hur, por um golpe do destino deixa de ser escravo logo após salvar a vida do influente Quintus Arrius (Hawkins), que o adota e o torna um célebre atleta. No entanto, mesmo aclamado por todos, Ben-Hur não descansa enquanto não encontra sua mãe e sua irmã, dadas como mortas. Nessa incessante busca, Hur tem a oportunidade de cruzar no caminho de um jovem da galiléia que dizia ser o filho de Deus e que muda completamente sua vida. Em 1959 William Wyler (1902-1981) já era um renomado diretor, ganhador do Oscar, ele era responsável por dirigir grandes obras primas como Jezebel (1938), Rosa de Esperança (1942) e Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1946). Aqui ele superou a si próprio e realizou um dos maiores filmes da história, em todos os sentidos; performances, roteiro, fotografia, trilha sonora...Ben-Hur desde seu lançamento foi um verdadeiro colosso, sucesso de público, sucesso de crítica e muito sucesso na acadêmia de artes e ciências cinematográficas, que lhe concedeu 11 Oscar, incluindo o de melhor filme, melhor diretor e melhor ator para Heston num papel que havia sido dispensado por astros como Marlon Brando e Burt Lancaster. Um verdadeiro recorde até então. Nunca um filme havia levado tantos prêmios de uma só vez, e esse recorde permaneceu por quase quarenta anos até a cerimônia de 1998 quando Titanic, filme de James Cameron, empatou com o cult no número de estatuetas. Visto hoje, o filme não perdeu em nada a sua essência, continua tendo a mesma grandeza e plenitude de quando fora lançado. Os recursos da tecnologia atual ajudaram a deixá-lo ainda mais deslumbrante, com som em 5.1 e com suas vibrantes cores remasterizadas. Sem dúvidas, trata-se de uma obra prima, indispensável em qualquer coleção, um verdadeiro clássico do cinema que se imortalizou e jamais terá idade.