(The Day The Earth Stood
Still) De: Robert Wise, Com: Michael Rennie, Patricia Neal, Hugh
Marlowe, Sam Jeffe, Billy Gray, John Carradine, Charley Grapewin, EUA - P&B
- Ficção - Fox - 1951.
O Premiado diretor americano Robert Wise (1914-2005), consagrado pelos
musicais vencedores do Oscar Amor Sublime
Amor (West Side Story, 1961) e A
Noviça Rebelde (The Sound Of The Music, 1965), iniciou sua carreira em
meados dos anos 30 como montador de som nos estúdios RKO. Seus primeiros
trabalhos foram nos clássicos Escravos do
Desejo (Of Human Bondage, 1934), A
Alegre Divorciada (The Gay Divorce, 1934), O Picolino (Top Hat, 1935) e O
Delator (The Informer, 1935). Mais tarde, a partir de 1939, Wise torna-se
editor em mais de doze produções do mesmo estúdio, entre elas; O Corcunda de Notre Dame (The Hunchback
of Notre Dame, 1939), o Cult Cidadão Kane
(Citizen Kane, 1941) e Soberba (The
Magnificent Ambersons, 1942). Como diretor, os primeiros filmes de Wise foram; A Maldição do Sangue da Pantera (The
Curse Of The Cat People, 1944) co-dirigido por Gunther Von Fritsch, e Madame Fifi (Mademoiselle Fifi, 1944),
seguidos por O Túmulo Vazio (The Body
Snatcher, 1945) e A Fera Humana (Criminal
Court, 1946). Na filmografia de Wise destacam-se ainda; Terrível Suspeita (The House Of Telegraph Hill, 1951), Marcado Pela Sarjeta (Somebody Up There
Likes Me, 1956), Quero Viver (I Want To
Live, 1958) e os já mencionados musicais Amor
Sublime Amor e A Noviça Rebelde que
lhe proporcionaram o Oscar de melhor diretor. Ao todo, Wise dirigiu mais de quarenta filmes
em quase setenta anos de carreira (encerrada em 2000 com o telefilme A Storm in Summer).
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Um objeto não identificado se aproxima da capital americana |
Robert Wise ao longo
de sua carreira levou as telas todos os gêneros que faziam sucesso entre o
público e que eram exigidos pelos estúdios, isto é; dramas, faroestes, policiais,
musicais e romances, no entanto, o diretor sempre deixou bem claro sua preferência
pelos filmes de ficção. Wise sempre foi apaixonado pelo suspense, horror e
demais filmes fantásticos (como comprovam as primeiras produções dirigidas por
ele), e dentro desse gênero, o diretor realizou dois dos mais importantes
filmes SCI-FI do cinema; Jornada nas
Estrelas (Star Trek: The Motion Picture, 1979) e O Dia em Que a Terra Parou (The Day The Earth Stood Still, 1951). O
Dia em Que a Terra Parou, pode-se dizer, é o primeiro filme A de Ficção Científica de Hollywood, antes
dele, praticamente todos os filmes que abordavam alienígenas, discos voadores, vampiros,
monstros e etc eram pobres e esquecíveis produções B. No entanto, após o sucesso do filme de Wise outros grandes
filmes de ficção surgiram, tornando o gênero antes limitado às matinês, em
superproduções como; Guerra dos Mundos
(War of Worlds, 1953), Vampiros de Almas
(Invasion of the Body Snatchers, 1956), Dr.
Fantástico (Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying anda Love
the Bomb, 1964) e 2001 - Uma Odisséia no
Espaço (A Space Odyssey, 1968). A história de O Dia em Que a Terra Parou
nasceu em 1940 quando o escritor Harry Bates (1900-1981) publicou o conto Farewell to the Master, adquirido por Darryl F. Zanuck (1902-1979) dez anos
mais tarde pela bagatela de US$ 500,00. A produção do filme ficou por conta de Julian Blaustein (1913-1995) que
imediatamente convidou Robert Wise para dirigi-lo e o roteirista Edmund H. North (1911-1990) para
adaptá-lo.
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A Nave espacial aterrissa em Washington D.C |
A trama é objetiva; no auge da guerra fria e com toda a nação
americana temerosa com a ameaça nuclear, em uma tarde qualquer, um disco voador
(que muito se assemelha a uma tampa de panela) aterrissa em uma praça pública de
Washington D.C trazendo o alienígena humanóide Klaatu (Rennie) e o misterioso robô
“policial” Gort. A Missão deles na Terra é apresentar aos líderes mundiais um
ultimato; ou as nações terrestres cessam as guerras e as corridas armamentistas
ou o planeta inteiro será destruído. A mensagem do filme, apesar de ser
completamente atemporal (pois ainda hoje continuam a existir os mesmos tipos de
problemas), ao ser lançado em 1951 se referia completamente aos soviéticos e demais
comunistas, como fica evidente em uma cena durante o café da manhã na pensão onde
Klaatu esta escondido em que uma das hospedes afirma durante uma discussão
sobre o homem espacial: “Se quer minha
opinião, ele vem daqui mesmo da Terra, e vocês sabem o que quero dizer!” Visto hoje, o filme permanece interessante,
não só por sua mensagem subliminar e pacifista mas também pela ótima trilha
sonora assinada pelo mestre Bernard
Hermann (1911-1975). Em 2008 foi regravado com algumas mudanças por Scott
Derrickson, decepcionando, apesar de sua significativa bilheteria, tanto os fãs do original quanto o público
contemporâneo.
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Klaatu vem em missão de paz |
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Porém é atacado pelo exército |
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Que logo é desarmado pelo robô Gort |
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Após ser atacado Klaatu conversa com os oficiais |
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O alienígena e seu pequeno amigo terráqueo |
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Gort auxiliando Klaatu |
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A despedida de Klaatu |
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Patricia Neal e Michael Rennie em foto publicitária |
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Patricia Neal |
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Cartaz original do filme |