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sábado, 15 de setembro de 2012

"Fúria Sanguinária" (1949)

(White Heat) De: Raoul Walsh, Com James Cagney, Virginia Mayo, Edmond O´Brien, Fred Clark, Margaret Wycherly,  USA – Policial/Noir – P&B –  Warner – 1949.  

Consagrado como astro absoluto da First National Pictures, graças à sua fantástica interpretação no Cult Inimigo Público Nº 1, o ator James Cagney, contratado da Warner Bros desde o inicio dos anos 30, estrelou ao longo daquela década mais de trinta filmes. Entre seus maiores sucessos estavam os policiais, gênero que o consolidou como o perfeito estereótipo do gangster americano e o vilão preferido do público. Em 1942 após inúmeros sucessos, Cagney atua no musical A Canção da Vitória, cuja interpretação lhe rendeu o Oscar de melhor ator. Diante do sucesso, insatisfeito com os repetitivos personagens e com as injustas divisões de seus rendimentos junto ao estúdio, Cagney decide se desligar da Warner no intuito de produzir seus próprios filmes. Junto com o irmão, William, ambos chegam a lançar alguns títulos, porém sem alcançar o merecido sucesso. Em 1948 após o fracasso monumental de Um Momento em Cada Vida os irmãos decidem findar com a união, ocasionando o retorno de Cagney a Warner Bros no inicio de 1949. 


A gangue de Cody Jarrett reunida

O estúdio, para divulgar o retorno de seu astro, utilizou nos jornais um anúncio em forma de prelúdio: “James Cagney Esta a Solta! revelando assim a volta do ator em um novo filme no gênero que o consagrou. Sob direção do mestre Raoul Walsh (que já havia trabalhado com Cagney em 1938 no clássico Heróis Esquecidos) Fúria Sanguinária chega as telas com grande triunfo. Juntos, Cagney, O´Brien e Virginia Mayo estrelam aquele que, sem dúvidas veio se tornar um dos maiores filmes de gângster da história do cinema. Com o ritmo frenético, repleto de perseguições e cenas de violência, (típicos de Walsh) o filme traz uma mistura de tudo que já havia sido apresentado anteriormente nos clássicos dos anos 30, porém de uma forma muito mais espetacular e real. Cagney é Cody Jarrett, o chefão de uma quadrilha envolvida em um assalto de trem a qual resultou na morte de quatro pessoas. Casado com a traiçoeira Verna (Mayo) e fissurado pela mãe Ma (Wycherly) Cody após ser perseguido pela policia, decide se entregar confessando um crime menor, escapando assim da cadeira elétrica. Na prisão, cumprindo sua curta pena, ele passa a organizar novos crimes sem saber que seu companheiro de cela, Pardo (O´Brien), é um policial infiltrado buscando provas para condená-lo definitivamente. Entre os filmes Noir dos anos 40, não é exagero algum afirmar que Fúria Sanguinária é o melhor deles, tanto que em 2003 chegou a ser selecionado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para ser preservado. Foi o último, (e um dos melhores) personagem de gângster interpretado por James Cagney. Obra Prima e indispensável.   

✩✩✩✩✩ 



Verna, a traiçoeira, junto de seu esposo
Antes de se entregar, Cody escuta os conselhos da mãe
Cody se entrega
Na prisão, dificulta a aproximação de Pardo
Porém em pouco tempo se tornam amigos
Cody recebe a visita da mãe
Pardo a serviço
Após fugir Cody procura os traidores
White Heat
Virginia Mayo e James Cagney em foto publicitária
 Cagney, o estereótipo do gângster americano

Cartaz original do filme

quinta-feira, 7 de junho de 2012

"O Último Refúgio" (1941)

(High Sierra) De Raoul Walsh, Com Ida Lupino, Humphrey Bogart, Alan Curtis, Arthur Kennedy, Cornel Wilde, Donald MacBride, Joan Leslie, Henry Travers, EUA – Policial – P&B – Warner Bros. – 1941.

O Chefão do crime organizado Big Mac (MacBride) apesar de se encontrar moribundo no leito de seu quarto, liberta da prisão seu companheiro de outrora, Roy Earle (Bogart) para juntos realizarem um milionário assalto num luxuoso hotel no Monte Withney, Califórnia. Com a chegada de Roy, a quadrilha formada por Babe (Curtis), Red (Kennedy) e Mendoza (Wilde) se completa, e apesar de Roy não aprovar seus comparsas por serem amadores e levarem consigo uma mulher, a jovem e bela Marie (Lupino), o plano é levado adiante. Quando o assalto não sai como o planejado, Roy e Marie se encontram diante de uma intensa e implacável perseguição que mudará definitivamente o curso de seus destinos. Baseado na obra de W.R.Burnett (1899-1982), que também foi o autor de Alma No Lodo de 1930 e que se tornou o precursor dos filmes policiais realizados em Hollywood, O Último Refúgio é mais um dos grandes filmes de Gângster produzido pela Warner Bros. Repleto de ação, o filme alcançou enorme sucesso junto ao público e ainda hoje desperta a atenção por seu ritmo frenético e envolvente. Jack Warner (1892-1978), assim que comprou os direitos sobre o livro, visando o sucesso do filme, entrega-o nas mãos do jovem roteirista John Huston (1906-1987) para que esse o adaptasse para as telas. Huston, que sempre procurou ser fiel as fontes, não mudou quase nada da obra e o roteiro permaneceu fiel ao original. O Diretor escalado para dirigir o filme fora Raoul Walsh (1887-1980), esse que foi responsável por alguns dos melhores filmes de gangsteres de todos os tempos como Fúria Sanguinária (1949), Heróis Esquecidos (1938) e Dentro da Noite (1940); esse último inclusive, com a atriz britânica Ida Lupino e Humphrey Bogart como Coadjuvantes.


Roy se aproxima de Marie

A Warner, que possuía em 1941 um grande número de astros com a personificação do gangster ítalo-americano, (George Raft, Paul Muni, Edward G. Robinson e James Cagney) destinou o personagem Roy Earle a Muni, entretanto, esse não satisfeito com o roteiro, recusou o convite. George Raft, que foi a segunda opção, também disse não ao estúdio alegando que não tinha interesse em interpretar novamente um criminoso. Humphrey Bogart, que já conhecia a obra de Burnett, não escondeu seu interesse em participar do filme; o ator, que há anos vinha de um contrato com a Warner onde só interpretava papeis menores, (salvo seu Duke Mantee de A Floresta Petrificada em 1936) teve a sorte, finalmente, de estrelar o filme como protagonista. Todavia, é certo afirmar que, de certa forma, O Último Refúgio ainda não pode ser citado como o primeiro grande filme de Bogart, já que o estúdio investira toda a publicidade da produção em Ida Lupino, (o que fica evidente já nos créditos iniciais do filme, onde o nome da atriz surge primeiro que o de Bogart). Apesar de tudo, o futuro de Humphrey Bogart estava certo, e repleto de surpresas, uma vez que, John Huston já estava finalizando seu próximo trabalho; O Falcão Maltês (1941) com o seu detetive Sam Spade já tendo um nome certo.

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Marie se aproxima de Roy
Roy e Marie na companhia do pequeno Pard, o cãozinho azarado
Roy, Babe e Red 
O assalto
Roy e Marie passam a ser procurados
O desfecho na High Sierra
Ida Lupino e Humphrey Bogart em foto publicitária 
Ida Lupino, a atriz alcança o estrelato
Bogart "quase" um astro
O mestre Raoul Walsh
Cartaz original do filme
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