(White Heat) De: Raoul
Walsh, Com James Cagney, Virginia Mayo, Edmond O´Brien, Fred Clark,
Margaret Wycherly, USA – Policial/Noir –
P&B – Warner – 1949.
Consagrado
como astro absoluto da First National
Pictures, graças à sua fantástica interpretação no Cult Inimigo Público Nº 1, o ator James
Cagney, contratado da Warner Bros desde o inicio dos anos 30, estrelou ao longo
daquela década mais de trinta filmes. Entre seus maiores sucessos estavam os
policiais, gênero que o consolidou como o perfeito estereótipo do gangster
americano e o vilão preferido do público. Em 1942 após inúmeros sucessos,
Cagney atua no musical A Canção da
Vitória, cuja interpretação lhe rendeu o Oscar de melhor ator. Diante do
sucesso, insatisfeito com os repetitivos personagens e com as injustas divisões
de seus rendimentos junto ao estúdio, Cagney decide se desligar da Warner no
intuito de produzir seus próprios filmes. Junto com o irmão, William, ambos
chegam a lançar alguns títulos, porém sem alcançar o merecido sucesso. Em 1948
após o fracasso monumental de Um Momento
em Cada Vida os irmãos decidem findar com a união, ocasionando o retorno de
Cagney a Warner Bros no inicio de 1949.
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A gangue de Cody Jarrett reunida |
O
estúdio, para divulgar o retorno de seu astro, utilizou nos jornais um anúncio
em forma de prelúdio: “James Cagney Esta
a Solta! revelando assim a volta do ator em um novo filme no gênero que o
consagrou. Sob direção do mestre Raoul Walsh (que já havia trabalhado com
Cagney em 1938 no clássico Heróis
Esquecidos) Fúria Sanguinária
chega as telas com grande triunfo. Juntos, Cagney, O´Brien e Virginia Mayo
estrelam aquele que, sem dúvidas veio se tornar um dos maiores filmes de
gângster da história do cinema. Com o ritmo frenético, repleto de perseguições
e cenas de violência, (típicos de Walsh) o filme traz uma mistura de tudo que
já havia sido apresentado anteriormente nos clássicos dos anos 30, porém de uma
forma muito mais espetacular e real. Cagney é Cody Jarrett, o chefão de uma quadrilha envolvida em um assalto de trem a qual resultou na morte de quatro pessoas. Casado com a traiçoeira Verna (Mayo) e fissurado pela mãe Ma (Wycherly) Cody após ser perseguido pela policia, decide se entregar confessando um crime menor, escapando assim da cadeira elétrica. Na prisão, cumprindo sua curta pena, ele passa a organizar novos crimes sem saber que seu companheiro de cela, Pardo (O´Brien), é um policial infiltrado buscando provas para condená-lo definitivamente. Entre os filmes Noir dos anos 40, não é exagero algum afirmar que Fúria Sanguinária é o melhor deles, tanto que em 2003 chegou a ser selecionado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para ser preservado. Foi o último, (e um dos melhores) personagem de gângster interpretado por James Cagney. Obra Prima e indispensável.
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Verna, a traiçoeira, junto de seu esposo |
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Antes de se entregar, Cody escuta os conselhos da mãe |
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Cody se entrega |
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Na prisão, dificulta a aproximação de Pardo |
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Porém em pouco tempo se tornam amigos |
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Cody recebe a visita da mãe |
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Pardo a serviço |
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Após fugir Cody procura os traidores |
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White Heat |
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Virginia Mayo e James Cagney em foto publicitária |
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Cagney, o estereótipo do gângster americano
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Cartaz original do filme |
Um dos maiores filmes de James Cagney, que está simplesmente perfeito. Seu chilique no refeitório é maravilhoso e torna esse filme ainda mais memorável.
ResponderExcluirAbraços!
Um dos meus filmes preferidos. Já o vi muitas vezes e sempre fico assustado com a assombrosa atuação de Cagney. Digna de Oscar.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
A caracterização dos personagens ficou incrível aí!
ResponderExcluirOlá, Jefferson - Grande filme de Raoul Walsh com James Cagney num de seus maiores momentos no cinema. Clássico absoluto. Não me lembro em qual filme de Woody Allen ele está assistindo "Fúria Sanguinária" televisão, numa homenagem, sem dúvida. Um abraço do Darci Fonseca
ResponderExcluirCagney: o genial intérprete de um papel só... Creio não ter visto este, mas os clássicos anteriormente citados merecem todo o louvor (especialmente "Retrato de Dorian Grey", com seu Technicollor momentaneamente inesperado e aterrorizante - jurava ter comentado neste post!) - meu abraço!
ResponderExcluirUm dos filmes de Raoul Walsh que lamenravelmente ainda não vi. Pelo seu texto e comentários dos colegas acima, parece que estou perdendo um filmão. Abraço, Jefferson.
ResponderExcluirProcurei por toda parte, Jefferson, mas não encontrei DVD de O Homem de Mil Faces. Acredito que a única maneira de encontrar o filme seja realmente fazendo o download!
ResponderExcluirAbraços!
Pessoal, obrigado pelos comentário, continuem comentando...
ResponderExcluirFábio, assista esse filme, você não vai se arrepender, tenha certeza!
Lê, obrigado pela dica, vou tentar achar na net o filme que me indicou, embora hoje em dia esteja tbm muito difícil achar filmes clássicos pra download...
Abraços a Todos....
Jefferson; quanto tempo!
ResponderExcluirAssisti poucos filmes do Cagney, mas simpatizo com ele. Não era o tipo galã, mas era um excelente ator. Esse, que você citou, eu ainda não tive oportunidade de assistir, mas depois que segui suas indicações (Sapatinhos Vermelhos e A Felicidade não se Compra) não tenho dúvidas do seu bom gosto. Mais um que, com certeza, vai pra minha lista!
Até breve!
Oi Jefferson, iaí, tudo bem?? Pois é, finalmente estou de volta a blogosfera. E vlw por mais uma ótima dica de filme antigo. nota 10? hmmm, vou procurar ver esse com certeza... abraços!
ResponderExcluirhttp://monteolimpoblog.blogspot.com.br/