sábado, 29 de setembro de 2012

"Brasil em Luto, Morre Hebe Camargo"

Na qualidade de espectador e grande admirador dessa magnífica apresentadora, quero prestar através desta página, minha humilde homenagem a Hebe Camargo, que nos deixou na manhã desse sábado, 29 de setembro de 2012. É Certo afirmar que a gostosa gargalhada, o sorriso contagiante, a sinceridade e o brilho dessa grande pessoa nos fará muita falta. Hebe, além de ótima comunicadora, nos últimos anos provou ser também uma grande guerreira, lutando sempre com o sorriso no rosto contra o terrível câncer que a venceu nesse triste dia. 

Sinceramente, Muito Triste.

HEBE CAMARGO 1929-2012 


Hebe, Sempre "de Bem Com a Vida"
Hebe na Década de 1970
Ícone da Televisão Brasileira

sábado, 15 de setembro de 2012

"Fúria Sanguinária" (1949)

(White Heat) De: Raoul Walsh, Com James Cagney, Virginia Mayo, Edmond O´Brien, Fred Clark, Margaret Wycherly,  USA – Policial/Noir – P&B –  Warner – 1949.  

Consagrado como astro absoluto da First National Pictures, graças à sua fantástica interpretação no Cult Inimigo Público Nº 1, o ator James Cagney, contratado da Warner Bros desde o inicio dos anos 30, estrelou ao longo daquela década mais de trinta filmes. Entre seus maiores sucessos estavam os policiais, gênero que o consolidou como o perfeito estereótipo do gangster americano e o vilão preferido do público. Em 1942 após inúmeros sucessos, Cagney atua no musical A Canção da Vitória, cuja interpretação lhe rendeu o Oscar de melhor ator. Diante do sucesso, insatisfeito com os repetitivos personagens e com as injustas divisões de seus rendimentos junto ao estúdio, Cagney decide se desligar da Warner no intuito de produzir seus próprios filmes. Junto com o irmão, William, ambos chegam a lançar alguns títulos, porém sem alcançar o merecido sucesso. Em 1948 após o fracasso monumental de Um Momento em Cada Vida os irmãos decidem findar com a união, ocasionando o retorno de Cagney a Warner Bros no inicio de 1949. 


A gangue de Cody Jarrett reunida

O estúdio, para divulgar o retorno de seu astro, utilizou nos jornais um anúncio em forma de prelúdio: “James Cagney Esta a Solta! revelando assim a volta do ator em um novo filme no gênero que o consagrou. Sob direção do mestre Raoul Walsh (que já havia trabalhado com Cagney em 1938 no clássico Heróis Esquecidos) Fúria Sanguinária chega as telas com grande triunfo. Juntos, Cagney, O´Brien e Virginia Mayo estrelam aquele que, sem dúvidas veio se tornar um dos maiores filmes de gângster da história do cinema. Com o ritmo frenético, repleto de perseguições e cenas de violência, (típicos de Walsh) o filme traz uma mistura de tudo que já havia sido apresentado anteriormente nos clássicos dos anos 30, porém de uma forma muito mais espetacular e real. Cagney é Cody Jarrett, o chefão de uma quadrilha envolvida em um assalto de trem a qual resultou na morte de quatro pessoas. Casado com a traiçoeira Verna (Mayo) e fissurado pela mãe Ma (Wycherly) Cody após ser perseguido pela policia, decide se entregar confessando um crime menor, escapando assim da cadeira elétrica. Na prisão, cumprindo sua curta pena, ele passa a organizar novos crimes sem saber que seu companheiro de cela, Pardo (O´Brien), é um policial infiltrado buscando provas para condená-lo definitivamente. Entre os filmes Noir dos anos 40, não é exagero algum afirmar que Fúria Sanguinária é o melhor deles, tanto que em 2003 chegou a ser selecionado pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para ser preservado. Foi o último, (e um dos melhores) personagem de gângster interpretado por James Cagney. Obra Prima e indispensável.   

✩✩✩✩✩ 



Verna, a traiçoeira, junto de seu esposo
Antes de se entregar, Cody escuta os conselhos da mãe
Cody se entrega
Na prisão, dificulta a aproximação de Pardo
Porém em pouco tempo se tornam amigos
Cody recebe a visita da mãe
Pardo a serviço
Após fugir Cody procura os traidores
White Heat
Virginia Mayo e James Cagney em foto publicitária
 Cagney, o estereótipo do gângster americano

Cartaz original do filme

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

"O Garoto Selvagem" (1970)

(L´enfant Sauvage) De: François Truffaut, Com François Truffaut, Jean Pierre Cargol, Mathieu Schiffman, Paul Villé, França – Drama – P&B – United Artists – 1970.

Dirigido pelo mestre do cinema francês François Truffaut, o Garoto Selvagem é uma história verídica baseada no livro de Jean Itard (1774-1838), um médico psiquiatra que se tornou responsável pela educação de um pequeno garoto selvagem encontrado em uma floresta de Aveyron, ao sul da França no final do século XVIII. Sem nenhum contato com os humanos o garoto de aproximadamente onze anos (que mais tarde passou a ser chamado de Victor, e no filme é interpretado por Jean-Pierre Cargol) vivia como um nômade, sujo, nú, e desgrenhado. Não possuía qualquer tipo de comunicação, seja ela escrita ou oral, não sabia andar sobre os dois pés, e necessitando do apoio das mãos tornava-se semelhante a um animal quadrúpede. Victor também era desprovido de qualquer tipo de emoção o que veio a implicar gravemente na sua aproximação junto aos demais humanos, incluindo os da sua idade. Ao ser resgatado Victor fora encaminhado a um hospital e mais tarde a uma escola em Paris, de onde inclusive, seria desligado dias depois após receber o diagnóstico de retardado mental. É Nesse momento que Itard (Truffaut) um médico psiquiatra, interessado na condição do garoto, decide adotá-lo no intuito de educá-lo e torná-lo sociável. Quase um documentário, O Garoto Selvagem, juntamente com Os Incompreendidos (1959), são os principais filmes de Truffaut sobre a infância e a adaptação social. Atualmente tem sido bastante utilizado nas universidades como forma de estudo na compreensão das diversas teorias da psicologia educacional.    

✩✩

O Garoto Selvagem
 Que cresceu isolado e distante dos humanos 
É resgatado por caçadores em Aveyron
Onde mais tarde passa a receber os cuidados de Dr. Itard
Que empenha-se em socializa-lo por  diversos meios
Dr. Itard ensina ao pequeno Victor a maneira correta  de se locomover
Victor descobrindo um novo mundo
Espantado Victor se vê diante de um espelho
As dificuldades do Dr. Itard
E a tão esperada sociabilidade de Victor 
O Mestre do cinema francês François Truffaut (1932-1984)
Poster original do filme
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