Eles brilharam nos tempos áureos de Hollywood e hoje, vivos, permanecem
reluzindo.
Em 2011, ao
anunciarem a morte da estrela Elizabeth Taylor, à mídia com seus diferentes meios
de comunicação se referia a atriz como sendo “a última lenda viva da era de
ouro de Hollywood”. Para nós, fervorosos e atentos cinéfilos, a mídia, como em
tantas outras ocasiões, se encontrava equivocava, uma vez que, da era de ouro
de Hollywood “ainda” restam grandes nomes desfrutando de uma boa, e até mesmo
ativa, vida. A seguir, conheça algumas das maiores lendas vivas dos tempos
áureos do cinema;
Louis Jourdan
(Marselha – França, 19 de Junho de 1921)
(Faleceu no dia 14 de fevereiro de 2015)
(Faleceu no dia 14 de fevereiro de 2015)
Oriundo de uma
família rica, Louis Jourdan foi educado na Inglaterra, França e Turquia. No
final da década de 30, após anos estudando arte dramática em Paris, o jovem
estreia seu primeiro filme “Le Corsaire” (1939); Seu sucesso é imediato e sua
carreira deslanchou até a ocupação da França pelos nazistas, período que se
junta a resistência francesa. Terminada a guerra, Jourdan segue até Hollywood
onde atua no suspense “Agonia de Amor” (1947) de Alfred Hitchcock. No ano
seguinte, ao estrelar o romance “Carta de Uma Desconhecida” (1948) de Max
Ophuls, Jourdan se consolida como um dos principais galas do cinema. Sua
carreira manteve-se ativa no cinema e na TV até o inicio dos anos 90, quando
anunciou sua definitiva aposentadoria. Atualmente, vive em Paris ao lado de sua
esposa Berthe Frédérique, com quem é casado desde 1946. Melhores Filmes: “Carta
de Uma Desconhecida” (1948), “A Fonte dos Desejos” (1953) e “Gigi” (1958).
Eleanor Parker
(Cedarville – USA, 26 de Junho de 1922)
(Faleceu no dia 09 de dezembro de 2013)
(Faleceu no dia 09 de dezembro de 2013)
Começou sua
carreira no inicio dos anos 40 através de uma pequena ponta no ótimo faroeste
de Raoul Walsh “O Intrépido General Custer” (1941). Nos anos 50 esteve em
ótimos trailers como “Chaga de Fogo” (1951), e “Scaramouche” (1952). Trabalhou
incessantemente até o final dos anos 60 em diversos filmes de sucesso, na
década de 70 seus papéis diminuíram e ela voltou-se para o teatro e para a
televisão. Atualmente, viúva de Raymound Hirch desde 2001, Parker vive ao lado
dos filhos e netos afastada dos projetos desde 1991, quando oficialmente
anunciou sua aposentadoria. Melhores Filmes: “Chaga de Fogo” (1951), “Melodia
Interrompida” (1955) e “A Noviça Rebelde” (1965).
Rhonda Fleming
(Hollywood, 10 de Agosto de 1923)
Considerada a
rainha do Technicolor, Rhonda Fleming sempre chamou a atenção por sua beleza estonteante.
Estreou nos cinemas através de uma pequena ponta no faroeste “Quando a Mulher
se Atreve” de 1943, e dois anos depois finalmente alcançou o estrelato ao atuar
no suspense “Quando Fala o Coração” de Alfred Hitchcock. Em 1947 é contratada
pela Paramount e nesse estúdio por longos dez anos Rhonda interpretou seus
melhores papéis. A partir da década de 60, a atriz passa a trabalhar mais na
televisão, despedindo-se definitivamente do cinema com o filme “The Nude Bomb” em
1980. Após se casar cinco vezes, atualmente Rhonda vive na Califórnia ao lado
de seu sexto esposo, o veterano da segunda guerra Darol Wayne Carlson. Apesar
do sobrenome, Rhonda não tem nenhuma ligação com o renomado diretor
Victor Fleming. Melhores Filmes: “Quando Fala o Coração” (1945), “Fuga do
Passado” (1947) e “Golpe do Destino” (1951).
Stanley Donen
(Columbia – USA, 13 de Abril de 1924)
Stanley Donen
iniciou a carreira como dançarino aos 16 anos na Broadway. Seu talento logo
chamou a atenção dos agentes da MGM, que o contrataram para ser coreografo no
estúdio das estrelas; Nessa condição, sua estreia no cinema se deu com o filme “Best
Foot Forward” (1943) seguido por “Modelos” (1944) e “Marujos do Amor” (1948).
Como diretor, Donen estreou em 1949 no bem sucedido “Um Dia Em Nova York”
iniciando a partir de então, uma longa parceria com seu amigo de outrora Gene
Kelly. Stanley Donen pode-se dizer, ao lado de Vincente Minelli, é o maior
diretor de musicais de todos os tempos. Seu legado inclui praticamente todos os
sucessos desse gênero, destacando “Núpcias Reais” (1951), “Cantando na Chuva”
(1952), “Sete Noivas Para Sete Irmãos” (1954), “Dançando nas Nuvens” (1955) e “Cinderela
em Paris” (1957). Com a diminuição da popularidade dos musicais, Donen passou a
trabalhar em comédias, e especiais para a televisão. Atualmente encontra se
casado com Elaine May, sua quarta esposa. Melhores Filmes: “Um Dia em Nova York”
(1949), “Cantando na Chuva” (1952) e “Sete Noivas Para Sete Irmãos” (1954).
Jane Powell
(Portland – USA, 01 de Abril de 1929)
Iniciou a
carreira como cantora em sua região natal; Em meados dos anos 40, quando os
agentes da MGM a conheceram, apostando em seu potencial a contrataram e a
colocaram em diversos musicais esquecíveis, sendo o primeiro deles “Viva a
Juventude” (1944). Seu ápice ocorreu em 1951 quando estrelou ao lado de Fred
Astaire o cult “Núpcias Reais” de Stanley Donen. Brilhou grandemente por toda a
década de 50 até o inicio dos anos 60, quando sua carreira definhou-se. A
partir de então, até os dias atuais, a atriz participa de diversos programas e
séries na televisão. Atualmente Powell vive ao lado de seu quinto esposo, o
ex-ator mirim Dickie Moore, em Nova York. Melhores Filmes: “Núpcias Reais”
(1951), “Sete Noivas Para Sete Irmãos” (1954) e “Marujos e Sereias” (1955).
Christopher Plummer
(Toronto – Canadá, 13 de Dezembro de
1929)
Iniciou a
carreira no teatro canadense em meados dos anos 40. Em 1953, pouco depois de se
mudar para os Estados Unidos, alcança o sucesso na Broadway e mais tarde na
televisão onde participou de inúmeros seriados. Sua estreia nos cinemas ocorreu
somente em 1958 com o filme “Stage Struck” de Sidney Lumet. Em 1964, aparece no
épico “A Queda do Império Romano” e em 1965 finalmente se consolida no premiado
musical “A Noviça Rebelde” de Robert Wise. Nas décadas seguintes, Christopher
Plummer não ficou um ano sequer sem trabalhar, ora no cinema, ora no teatro e
na TV. Em 2012 entrou para a história do cinema como o ator mais idoso a vencer
o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu desempenho no filme “Toda Forma de
Amor” (2011). Conforme podemos constatar no site IMDb, Plummer é um dos atores
com a carreira ativa mais extensa, totalizando até o momento, mais de 198
participações em produções cinematográficas e televisivas. Atualmente, casado
desde 1970 com Elaine Taylor, Plummer reside em Weston – Connecticut, onde
encontra tempo, entre um trabalho e outro, para cuidar de seus diversos cães. Melhores
Filmes: “A Noviça Rebelde” (1965), “O Homem Que Queria Ser Rei” (1975) e “Em
Algum Lugar do Passado” (1980).
Claire Bloom
(Londres - Inglaterra, 15 de Fevereiro de 1931)
Após iniciar sua
carreira artística nos programas de rádio da BBC; Em 1946 com então quinze
anos, Bloom alcança a notoriedade ao estrelar diversas peças de sucesso nos
palcos londrinos. Em 1948 estreia seu primeiro filme, “The Blind Goddess”; Diante
do sucesso, Charles Chaplin a leva até Hollywood para brilhar em “Luzes da
Ribalta” (1952), filme que a transformou em estrela. A partir daí Claire Bloom
passou a atuar em diversos filmes de qualidade até os anos 70 quando sua
carreira voltou-se para a televisão. Atualmente, após se divorciar de seu
terceiro marido, Bloom continua envolvida em diversos projetos na TV e no
cinema, seus mais recentes trabalhos foram “O Discurso do Rei” (2010) e o
lançamento “Max Rose” (2013).
Melhores filmes: “Luzes da Ribalta” (1952), “Alexandre, o Grande” (1956)
e “Irmãos Karamazov” (1958).
Carroll Baker
(Johnstown - USA, 28 de Maio
de 1931)
Após vencer o
concurso de Miss Florida em 1949 e aparecer em diversos comerciais na
televisão, Caroll Baker estreou no cinema no filme “Fácil de Amar” (1953) ao
lado de Esther Willians. Em 1955, é contratada pela Warner Bros e seu primeiro
filme nesse estúdio foi o épico de George Stevens “Assim Caminha a Humanidade”
(1956); Apesar do sucesso ao lado de James Dean e Elizabeth Taylor é com
“Boneca de Carne” (1956) de Elia Kazan que Baker atinge seu ápice. Atuou em
inúmeros filmes e séries para a televisão por toda a década de 60,70,80 e 90.
Seu último trabalho, até então, foi uma participação na série “The Lyon´s Den”
em 2003. Melhores filmes: “Assim Caminha a Humanidade” (1956), “Boneca de
Carne” (1956), “Da Terra Nascem os Homens” (1958).
Leslie Caron
(Hauts-de-Seine - França, 1 de Julho de 1931)
Leslie Caron
trabalhava como bailarina na França quando foi descoberta pelo astro
hollywoodiano Gene Kelly, que a levou para Hollywood para estrelar o vencedor
do Oscar “Sinfonia de Paris” (1951). Por toda a década de 50, Caron brilhou em
consecutivos musicais de sucessos, como por exemplo, “Lili” (1953), “Papai
Pernilongo” (1955), e o premiado “Gigi” (1958). Nos anos 80 sua carreira
voltou-se para a televisão onde participa de diversas séries até os dias
atuais. Apesar de ter nascido na França, e possuir negócios no país europeu,
Caron se naturalizou americana. Hoje divorciada, vive nos Estados Unidos ao lado
dos filhos e netos. Melhores filmes: “Sinfonia de Paris” (1951), “Papai
Pernilongo” (1955) e “Gigi” (1958).
Tab Hunter
(Nova York – USA, 11 de Julho de 1931)
(Faleceu no dia 08 de julho de 2018)
(Faleceu no dia 08 de julho de 2018)
Com uma carreira
marcada por filmes banais e esquecíveis, Tab Hunter hoje é pouco lembrado no
Brasil. Sua estreia no cinema aconteceu em 1950 no filme “O Fugitivo de Santa
Marta”; Dois anos depois, ao lado de Linda Darnell, o ator alcança o sucesso
com o romance “Ilha do Deserto”, filme que lhe rendeu um contrato com a Warner
Bros. Ao longo da década de 50, Hunter apareceu em inúmeras produções, e graças
a sua beleza, sempre como par romântico de belas atrizes, entre elas; Natalie
Wood, Sophia Loren e Debbie Reynolds. No
inicio da década de 60, após perder o papel de Tony no filme “Amor Sublime Amor”,
Hunter passa a atuar em uma sucessão de faroestes, entre eles, alguns italianos.
Nos anos seguintes, a carreira do ator se volta para a televisão, onde
trabalhou até meados dos anos 80. Recentemente Tab Hunter lançou uma
autobiografia onde conta sobre sua homossexualidade e suas dificuldades, devido
sua orientação, em se ajustar ao studio
system. Afastado das telas desde
1992, atualmente, o ator que por muitos anos se relacionou com Anthony Perkins,
vive ao lado de Allan Glaser, seu parceiro desde 1983. Melhores filmes: “Qual
Será o Nosso Amanhã” (1955), “Sangue de Pistoleiro” (1958) e “O Parceiro de
Satanás” (1958).
Anita Ekberg
(Malmo - Suécia, 29 de Setembro de 1931)
(Faleceu no dia 11 de janeiro de 2015)
(Faleceu no dia 11 de janeiro de 2015)
Iniciou a
carreira artística como modelo em Malmo, sua cidade natal. Em 1951, ao viajar
para os Estados Unidos afim de concorrer o Miss Universo, Ekberg, apesar de não
ter vencido o concurso, despertou a atenção dos executivos da Universal que lhe
contrataram imediatamente. Após diversas aulas de interpretação e alguns
comerciais para a televisão, Anita Ekberg fez sua primeira aparição na tela
grande através de uma pequena ponta no filme “O Aventureiro de Mississipi”
(1953). Mais tarde, alcançou o sucesso em comédias com Jerry Lewis e Dean
Martin, atuou ao lado de Audrey Hepburn no clássico “Guerra e Paz” (1956) e
atingiu definitivamente seu ápice em 1962 no Cult “A Doce Vida” de
Fellini. Nas décadas seguintes, a atriz estrelou
diversos filmes menores e se dedicou as séries de televisão. Atualmente, vive
sozinha no sul da Itália e raramente aparece no meio artístico. Melhores
Filmes: “Guerra e Paz” (1956), “A Doce Vida” (1962) e “Boccaccio 70” (1962).
Rita Moreno
(Humacao – Porto Rico, 11 de Dezembro de
1931)
Tendo nascido em
Porto Rico, Moreno se mudou aos 5 anos para os Estados Unidos ao lado de sua
mãe. Logo, aos 11 anos, iniciou sua carreira como dubladora de filmes e aos 13
estrelou sua primeira peça na Broadway. Nesse período, após ser vista por
agentes de Hollywood, Rita Moreno passou a realizar diversas participações em
musicais, incluindo “Cantando na Chuva” (1952) e “O Rei e Eu” (1956). Seu ápice
como atriz veio em 1961 com o clássico “Amor Sublime Amor” de Robert Wise,
filme que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Após diversos
sucessos na década de 60, a partir dos anos 70 a atriz passou a se dedicar mais
a televisão, onde trabalha incansavelmente até os dias atuais em diversas
séries de sucessos, sendo as mais recentes “Oz” (1997-2003) e “Happily
Divorced” (2011-2013). Casada com Lenny Gordon desde 1965, hoje a atriz vive ao
lado do esposo, filhos e netos em Nova York. Melhores Filmes: “O Rei e Eu”
(1956), “Amor Sublime Amor” (1961) e “Ânsia de Amar” (1971).
Debbie Reynolds
(El Paso - USA, 1 de Abril de 1932)
(Faleceu no dia 28 de dezembro de 2016)
(Faleceu no dia 28 de dezembro de 2016)
Cantora,
dançarina e atriz, Debbie Reynolds estreou nos cinemas em 1948 através de uma
pequena participação no filme “Noiva da Primavera”. Em 1952, após passar
despercebida em pequenos filmes, a atriz alcança o estrelato com “Cantando Na
Chuva” (1952), tornando-se a atriz mais carismática dos musicais da década de
50. Brilhou em diversos sucessos por toda a década de 60, nos anos seguintes,
passou a se dedicar mais a televisão, onde permanece até hoje. Mãe da atriz
Carrie Fisher, Reynolds foi esposa do ator Eddie Fisher de 1955 a 1959 quando
esse a deixou para assumir seu relacionamento com a estrela Elizabeth Taylor.
Atualmente, divorciada de seu terceiro esposo Richard Hamlett desde 1996, a
atriz vive junto à família na Califórnia. Melhores Filmes: “Cantando na Chuva”
(1952), “Armadilha Amorosa” (1955) e “Como Fisgar um Marido” (1959).
Peter O'Toole
(County Galway - Irlanda, 2 de Agosto de 1932)
(Faleceu no dia 14 de dezembro de 2013)
(Faleceu no dia 14 de dezembro de 2013)
Peter O´Toole iniciou
a carreira no teatro antes de aparecer algumas vezes em seriados na televisão. Sua
estreia no cinema ocorreu em 1960 na aventura juvenil da Disney “A Espada de Um
Bravo”; No mesmo ano, o ator participou ainda de duas produções inglesas: “O Dia
Que Roubaram o Banco da Inglaterra” e “Sangue Sobre a Neve”. Seu ápice foi o
épico “Lawrence da Arábia” (1962) de David Lean, filme que lhe rendeu sua
primeira indicação ao Oscar. Nos anos seguintes, O´Tolle brilhou em inúmeros
sucessos no cinema até o inicio da década de 80, quando sua carreira se voltou
para a televisão e onde pode ser visto até os dias atuais. Em 2003, o ator que até
o momento é o recordista no número de indicações ao Oscar (8 vezes), levou para
casa, uma estatueta pelo conjunto de sua obra. Divorciado desde 1979, hoje,
vive sozinho em Londres. Melhores Filmes: “Lawrence da Arábia” (1962), “Como
Roubar Um Milhão de Dólares” (1966) e “O Leão No Inverno” (1968).
Kim Novak
(Chicago - USA, 13 de Fevereiro de 1933)
Estudante do
instituto de arte de Chicago, Marilyn Pauline Novak tinha pouco mais de 20 anos
quando conseguiu seu primeiro trabalho como figurante na comédia “Um Romance em
Paris” (1953). Sua beleza estonteante chamou a atenção da Columbia Pictures,
que a contratou e a colocou como coadjuvante em filmes noir como “A Morte
Espera no 322” (1954) e “No Mau Caminho” (1955). Apesar de ter estrelado
inúmeros sucessos ao longo da década de 50, Kim Novak passou a atuar cada vez
menos a partir de 1965. Após uma longa temporada dedicando-se as séries e filmes
televisivos, a atriz resurgiu nos cinemas com o sucesso “A Maldição do Espelho”
(1980) e seu último trabalho até então; “Atração Proibida” (1991). Atualmente,
casada desde 1976 com Robert Malloy, Kim Novak vive no estado do Oregon, onde
ao lado do esposo cria cavalos e lhamas. Melhores Filmes: “O Homem do Braço de
Ouro” (1955), “Férias de Amor” (1955) e “Um Corpo Que Cai” (1958).
Joan Collins
(Londres – Inglaterra, 23 de Maio de 1933)
Joan Collins
iniciou a carreira artística nos palcos londrinos em 1942 quando ainda era uma
criança. Após ter frequentando a RADA (Royal Academy of Dramatic Art), a jovem
atriz assina um contrato com o estúdio Rank, responsável pelos maiores sucessos
do cinema inglês. Seus primeiros filmes em seu país foram “Ladys Godiva Rides
Again” (1951) e Judgment Deferred (1952). Sua estreia em Hollywood se deu em
1955, na aventura de Howard Hawks “Terra dos Faraós”, no mesmo ano a atriz
apareceria ainda em “A Rainha Tirana” e “O Escândalo do Século”. A partir dos
anos 60, a carreira de Collins se volta para a televisão onde ela atua em
inúmeras séries de sucesso até os dias atuais, entre elas “Dinastia” que teve
mais de 200 episódios ao longo de 9 temporadas. Atualmente, casada com Peter
Gibson desde 2002, Collins, que se define como uma cigana, mantem residência em
Londres, Nova York e Los Angeles e vive cercada pelos filhos e netos. Melhores
Filmes: “Terra dos Faraós” (1955), “Estigma da Crueldade” (1958) e “Sete
Ladrões” (1960).
Debra Paget
(Denver - USA, 19 de Agosto de 1933)
Iniciou a
carreira no teatro aos 8 anos de idade e aos 13 já fazia sucesso nas peças de
rádio; Sua estreia no cinema foi no filme noir “Uma Vida Marcada” (1948), no
entanto, o reconhecimento só viria um ano depois com seu desempenho em “Sangue
do Meu Sangue” (1949) de Joseph L. Mankiewicz. Estreou a partir de então
diversos sucessos pela Fox, estúdio que lhe manteve sobre contrato até o inicio
dos anos 60 quando sua carreira entrou em profundo esquecimento. Longe das
telas desde 1964 e divorciada de um milionário chinês desde 1980, Paget, que
atualmente encontra-se convertida ao protestantismo, procura viver no anonimato
e longe do meio artístico. Melhores Filmes: “Flechas de Fogo” (1950), ”Horas
Intermináveis” (1951) e “Demétrius e os Gladiadores” (1954).
Shirley MacLaine
(Richmond - USA, 24 de Abril de
1934)
Após ter
estudado na Washington Lee High School e com pouco mais de vinte anos, Shirley
MacLaine iniciou sua carreira atuando em pequenas peças na Broadway. Em uma de
suas apresentações, um agente da Paramount ficou encantado com seu talento e a
levou até Hollywood, onde foi dirigida por Alfred Hitchcock na comédia de humor
negro “O Terceiro Tiro” (1955), esse que foi seu primeiro longa metragem.
Diante do sucesso, ao longo da década de 50 a atriz apareceria em grandes
filmes, como “Artistas e Modelos” (1955), “A Volta ao Mundo em 80 Dias” (1956)
e “O Irresistível Forasteiro” (1958), no entanto, é em 1960 que ela alcança seu
ápice na comédia vencedora do Oscar “Se Meu Apartamento Falasse” de Billy
Wilder. Incansavelmente MacLaine vem atuando desde então, ora no cinema, ora
na televisão. No momento, passam de sete, os projetos em pré e pós-produção com
a presença da atriz, que além de atuar, já há algum tempo vem se destacando
também como autora de diversos livros. Melhores Filmes: “Se Meu Apartamento
Falasse” (1960), “Infâmia” (1961) e “Laços de Ternura” (1983).
Sophia Loren
(Roma - Itália, 20 de Setembro de 1934)
Dona de uma
beleza sem igual, Sophia Loren iniciou sua carreira como figurante em pequenos
filmes italianos, sendo o primeiro deles: “A Promessa” de 1950; No ano seguinte,
consegue também uma pequena ponta no épico americano “Quo Vadis” (1951), que
estava sendo rodado nos estúdios da Cinecittá em Roma. Durante toda a década de
50 a atriz reinou no cinema italiano, até estrelar seu primeiro grande sucesso
em Hollywood: “A Lenda da Estátua Nua” (1957). Em 1960, já conhecida
internacionalmente, Loren vence o Oscar de melhor atriz por seu desempenho em
“Duas Mulheres”, desde então, a atriz passou a se dividir entre o cinema
americano e o europeu até o inicio dos anos 80, quando sua carreira voltou-se
para as séries e filmes televisivos. Atualmente, viúva do cineasta Carlo Ponti,
com quem era casada desde 1957, Sophia Loren vive em Genebra ao lado dos filhos
e netos. Para 2014, já é previsto a estreia de um novo trabalho, o curta “La
Voce Umana”. Melhores Filmes: “Duas Mulheres” (1960), “El Cid” (1961), “A Queda
do Império Romano” (1965).
Brigitte Bardot
(Paris - França, 28 de Setembro de 1934)
Após ter
participado por três anos de aulas de balé no conservatório de dança e música
de Paris, Brigitte Bardot tinha pouco mais de 15 anos quando estampou a capa da
revista francesa Elle, trabalho que despertou a atenção do jovem cineasta Roger
Vadim, que imediatamente ofereceu a jovem modelo um teste para o cinema. A estreia
de Bardot na tela grande foi com o filme “Le Trou Normand” (1952); Nos anos
seguintes, a atriz apareceria em uma série de filmes esquecíveis, até estrelar
“E Deus Criou a Mulher” (1956) sob a direção do antigo amigo, e então atual
esposo, Vadim. Por consequência de seu inglês limitado, apesar de todo êxito
alcançado com seus filmes na França, Bardot não chegou a estrelar filmes
americanos, no entanto, seu sucesso nos Estados Unidos foi imenso. Ao longo das
décadas de 50 e 60, a atriz atuou em mais de 50 filmes, porém, perto de
completar 40 anos, em 1973, anunciou sua aposentadoria, dedicando-se desde
então aos direitos dos animais. Melhores Filmes: “E Deus Criou a Mulher”
(1956), “O Desprezo” (1963) e “Viva Maria” (1965).
Julie Andrews
(Walton on Thames - Inglaterra, 01 de Outubro de 1935)
Julie Andrews
iniciou a carreira profissional nos palcos de Londres no final da década de 40.
Desde garota, destacou-se com sua voz soprano, o que lhe proporcionou
oportunidades para se apresentar na Broadway em peças de sucesso como My Fair
Lady e Camelot. No inicio dos anos 60, durante uma de suas apresentações, Walt
Disney encantado com o desempenho e o carisma da jovem atriz, oferece-lhe a
oportunidade de estrelar o novo musical do estúdio; “Mary Poppins” (1964). O
sucesso foi imediato e o filme garantiu a Andrews seu Oscar de melhor atriz já
em sua estreia. Nos anos seguintes foram diversos os musicais estrelados pela
jovem inglesa, destacando-se o cultuado “A Noviça Rebelde” (1965), e ainda
“Positivamente Millie” (1967) e “A Estrela” (1968). Nas décadas de 70 e 80
estrelou inúmeros filmes sob a direção de seu segundo esposo, Blake Edwards,
depois disso sua carreira limitou-se a filmes e séries para a televisão. Em
meados dos anos 2000, Julie Andrews retornou aos cinemas em filmes leves e emprestando sua voz para diversos personagens em animações. Viúva desde 2010
de Edwards, hoje a atriz vive ao lado dos filhos e netos. Melhores Filmes:
“Mary Poppins” (1964), “Não Podes Comprar Meu Amor” (1964) e “A Noviça Rebelde”
(1965).
Alain Delon
(Sceaux - França, 8 de Novembro de 1935)
Com uma infância
marcada pelo sofrimento, Alain Delon após o divorcio dos pais, foi adotado por um
casal que pouco tempo depois seria assassinado. Sozinho, o jovem enfrentou
diversas dificuldades, principalmente após ser expulso de várias escolas. Aos
17 anos, Delon, que já havia largado os estudos, passou a residir em Paris onde
trabalhou como garçom, porteiro e vendedor. Em 1957, acompanhado do amigo
Jean-Claude Brialy, Delon tem a oportunidade de visitar o festival de Cannes,
onde graças a sua beleza, chama a atenção de alguns agentes que se encontravam ali.
No mesmo ano, o jovem que não tinha experiência alguma em interpretação, ganha
um pequeno papel no filme “Quand La Femme S´em Mêle”, tornando-se do dia para
noite, no mais novo astro do cinema Frances. O primeiro grande sucesso foi o
Cult “O Sol Por Testemunha” (1960), filme que o lançou internacionalmente. Nos
anos seguintes, graças aos inúmeros sucessos, sempre muito bem dirigido por
mestres como Luchino Visconti e René Clément, Alain Delon se consolida entre os
melhores atores do cinema. Atuando incansavelmente desde então, a partir dos
anos 2000 suas aparições só tornaram esporádicas. Atualmente, após ter se
divorciado de Rosalie Van Bremer em 2001, o ator vive ao lado dos filhos e
netos na capital francesa. Melhores Filmes: “O Sol Por Testemunha” (1960),
“Rocco e Seus Irmãos” (1960), e “O Leopardo” (1963).
Richard Beymer
(Avoca – USA, 21 de Fevereiro de 1939)
Após ter se
mudado com a família do Iowa para a Califórnia, o jovem Richard Beymer iniciou
sua carreira artística na televisão no último ano da década de 40. No inicio
dos anos 50, após várias participações em séries televisivas, Beymer consegue
seu primeiro papel de figurante no tenso filme da Fox “Horas Intermináveis”
(1951). Em 1953, alcança o reconhecimento através de sua participação no drama
de Vittorio de Sica “Quando a Mulher Erra” e no sensível “Meu Filho, Minha
Vida” de Robert Wise. Entretanto, apesar de ter aparecido nesses bons filmes, é
somente na TV que o ator consegue se consolidar, até 1959, quando o renomado
diretor George Stevens o convida para estrelar o premiado “O Diário de Anne
Frank”. Seu ápice viria dois anos depois interpretando Tony na versão
cinematográfica do musical “Amor Sublime Amor” (1961). Desde então, o ator tem
aparecido constantemente em filmes menores e seriados para a televisão.
Melhores Filmes: “O Diário de Anne Frank” (1959), “Amor Sublime Amor” (1961) e
“As Aventuras de Um Jovem” (1962).
***
Além desses grandes artistas listados nesses dois posts especiais, gostaria de ressaltar ainda alguns outros nomes que, apesar de terem surgido já no final da era de Ouro do cinema, também fazem parte do atual quadro de Lendas Vivas de Hollywood, são eles:
Eli Wallach (Nascido em 1915); (Faleceu no dia 24/06/2014)
Christopher Lee (1922); (Faleceu no dia 07/06/2015)
George Kennedy (1925); (Faleceu no dia 28/02/2016)
James Garner (1928); (Faleceu no dia 19/07/2014)
Martin Landau (1928); (Faleceu no dia 15/07/2017)
Ennio Morricone (1928);
Max Von Sydow (1929);
Clint Eastwood (1930)
Clint Eastwood (1930)
Robert Wagner (1930);
Maximilian Schell (1930); (Faleceu no dia 01/02/2014)
Rod Taylor (1930); (Faleceu no dia 07/01/2015)
Omar Sharif (1932).(Faleceu no dia 10/07/2015)
Ótima lista e viva a longevidade.
ResponderExcluirAté o ano passado o ator na ativa mais próximo de chegar aos 100 anos era Ernest Borgnine, que infelizmente se foi.
Hoje Eli Wallach é o principal candidato. Seus últimos trabalhos são de 2010, inclusive um bom papel na sequência de "Wall Street".
Abraço
Fiquei impressionada com algumas fotos. A Julie Andrews continua maravilhosa... chega a ser surreal imaginar que ela tem quase 80 anos. Que excelente post!
ResponderExcluirFantástica resenha! Adorei.., todavia, eu preciso ver também "As Lendas Vivas (Parte 1).., poderia informar-me onde encontro??
ResponderExcluirDesde já obrigada!
Abraços!
Maria, Obrigado pela visita! Quanto a parte 1 do post As Lendas Vivas, é só clicar sobre o título do blog e acompanhar as demais postagens ok. Ou então se preferir, do lado direito do blog tem o arquivo, e ali você também pode acessar os demais posts...
ExcluirAbração!
Christopher Plummer continua inteirão aos 80 anos! Ótimo texto. Foi legal ter colocado em ordem de ano, assim como na primeira postagem.
ResponderExcluirNem sei dizer de qual mais gosto. O interessante é que muitos envelheceram bem e continuam trabalhando, ou seja, a idade não fez diminuir a qualidade dos papéis.
ResponderExcluirAbraços!
Ótimo post, Jefferson, muito embora não concorde que alguns do citados sejam lendas. Acredito que o termo só deveria ser usado para nomes que sejam reconhecidos fora do mundo cinéfilo, como é o caso de Sophia Loren, Bardot e Alain Delon. Colocar Tab Hunter como uma "lenda" é meio exagerado. De qualquer forma, parabéns pelo apanhado de informações. Sempre ótimo passar por aqui. Abraço!
ResponderExcluirOi Fábio, obrigado pela visita e por seu comentário.
ExcluirQuanto ao post, lhe advirto para não levar tão ao pé da letra o título que usei. Na verdade, minha intenção com esses dois posts foi divulgar uma listagem com os principais artistas "ainda" vivos dos tempos áureos de Hollywood. Desta forma, mesmo que alguns realmente não sejam lendas, estão presentes na listagem pelo simples fato de terem atuado em filmes dos anos 30, 40 e 50... Note que verdadeiras "lendas" como Christopher Lee e Clint Eastwood, não apareceram,uma vez que seus filmes de sucesso passaram a surgir na segunda metade dos anos 60, quando, pelo menos para mim, o cinema já era outro... Espero que tenha entendido ok....
Abração....
Adorei adorei seu blog! Mas ainda não acabei de ler todo o post, hahaha!
ResponderExcluirBeijos!
Carol
Do Donen adoro um filme pouco conhecido da década de 70 chamado "Dupla Emoção" e também "Charada". Já o meu predileto da adorável Leslie Caron é "Lili" dirigido por Charles Walters onde contracena com um surpreendente Mel Ferrer (seu melhor momento na tela grande).
ResponderExcluirDelicio-me lendo artigos como esse, feitos com desvelo, no qual cada linha transborda uma paixão e um respeito pelo legado do passado. Parabéns
Lucian, do "Já viu esse?", retribuindo a visita e o comentário: de amador o seu blog não tem nada, amigo. Parabéns pelo detalhe e pelos textos.
ResponderExcluirObs.: Se não me engano, quem disse que a Taylor era a "última" das estrelas foi a Veja, né? A césar o que é de césar. Aliás, eu também pensava que o O'Toole já tinha batido as botas rs
Ola querido amigo,a segunda parte desta série esta igualmente sensacional.Me alegrei com muitos,me entristeci por vários.Meu grande e saudoso abraço.SU
ResponderExcluirEncontrei aqui no seu blog que você fez um post "Lendas parte 1", mas ainda não tive tempo de ler (favoritei para ler depois). Parabéns, ficou muito show esse post.
ResponderExcluirDesta lista George Kennedy tb já faleceu
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