(High Sierra) De Raoul
Walsh, Com Ida Lupino, Humphrey Bogart, Alan Curtis, Arthur Kennedy, Cornel
Wilde, Donald MacBride, Joan Leslie, Henry Travers, EUA – Policial – P&B – Warner Bros. –
1941.
O Chefão do crime organizado Big Mac (MacBride) apesar de se encontrar moribundo no leito de seu quarto, liberta da prisão seu companheiro de outrora, Roy Earle (Bogart) para juntos realizarem um milionário assalto num luxuoso hotel no Monte Withney, Califórnia. Com a chegada de Roy, a quadrilha formada por Babe (Curtis), Red (Kennedy) e Mendoza (Wilde) se completa, e apesar de Roy não aprovar seus comparsas por serem amadores e levarem consigo uma mulher, a jovem e bela Marie (Lupino), o plano é levado adiante. Quando o assalto não sai como o planejado, Roy e Marie se encontram diante de uma intensa e implacável perseguição que mudará definitivamente o curso de seus destinos. Baseado na obra de W.R.Burnett (1899-1982), que também foi o autor de Alma No Lodo de 1930 e que se tornou o precursor dos filmes policiais realizados em Hollywood, O Último Refúgio é mais um dos grandes filmes de Gângster produzido pela Warner Bros. Repleto de ação, o filme alcançou enorme sucesso junto ao público e ainda hoje desperta a atenção por seu ritmo frenético e envolvente. Jack Warner (1892-1978), assim que comprou os direitos sobre o livro, visando o sucesso do filme, entrega-o nas mãos do jovem roteirista John Huston (1906-1987) para que esse o adaptasse para as telas. Huston, que sempre procurou ser fiel as fontes, não mudou quase nada da obra e o roteiro permaneceu fiel ao original. O Diretor escalado para dirigir o filme fora Raoul Walsh (1887-1980), esse que foi responsável por alguns dos melhores filmes de gangsteres de todos os tempos como Fúria Sanguinária (1949), Heróis Esquecidos (1938) e Dentro da Noite (1940); esse último inclusive, com a atriz britânica Ida Lupino e Humphrey Bogart como Coadjuvantes.
|
Roy se aproxima de Marie |
A Warner, que possuía em 1941 um grande número de astros com a personificação do gangster ítalo-americano, (George Raft, Paul Muni, Edward G. Robinson e James Cagney) destinou o personagem Roy Earle a Muni, entretanto, esse não satisfeito com o roteiro, recusou o convite. George Raft, que foi a segunda opção, também disse não ao estúdio alegando que não tinha interesse em interpretar novamente um criminoso. Humphrey Bogart, que já conhecia a obra de Burnett, não escondeu seu interesse em participar do filme; o ator, que há anos vinha de um contrato com a Warner onde só interpretava papeis menores, (salvo seu Duke Mantee de A Floresta Petrificada em 1936) teve a sorte, finalmente, de estrelar o filme como protagonista. Todavia, é certo afirmar que, de certa forma, O Último Refúgio ainda não pode ser citado como o primeiro grande filme de Bogart, já que o estúdio investira toda a publicidade da produção em Ida Lupino, (o que fica evidente já nos créditos iniciais do filme, onde o nome da atriz surge primeiro que o de Bogart). Apesar de tudo, o futuro de Humphrey Bogart estava certo, e repleto de surpresas, uma vez que, John Huston já estava finalizando seu próximo trabalho; O Falcão Maltês (1941) com o seu detetive Sam Spade já tendo um nome certo.
✩✩✩✩
|
Marie se aproxima de Roy |
|
Roy e Marie na companhia do pequeno Pard, o cãozinho azarado |
|
Roy, Babe e Red |
|
O assalto |
|
Roy e Marie passam a ser procurados |
|
O desfecho na High Sierra |
|
Ida Lupino e Humphrey Bogart em foto publicitária |
|
Ida Lupino, a atriz alcança o estrelato |
|
Bogart "quase" um astro |
|
O mestre Raoul Walsh |
|
Cartaz original do filme |
Que bom vê-lo de volta! Humphrey Bogart foi um grande ator e O Último Refúgio foi uma bela maneira de começar a despontar como protagonista. Aposto que ele é um de seus atores favoritos, não?
ResponderExcluirIda Lupino, além de muito bonita, também foi uma grande pioneira, pois começou a dirigir filmes na década de 1950.
Abraços!
Até que em fim post novo, hein Jefferson, rs. Olha eu ainda não vi esse filme, mas como sempre, seu post me deixou curioso para fazê-lo. Abraços e apareça lá no Monte também, faz tempo que voc~e não dá as caras!
ResponderExcluirhttp://monteolimpoblog.blogspot.com.br/
Ainda não assisti, mas Humphrey Bogart credencia qualquer filme. Bem vindo de volta.
ResponderExcluirIda Lupino, que tem fortes semelhanças fisionomicas com Susan Hayward, era uma atriz muito bela e talentosa. Mostrou isso nesta fita muito movimentada do Walsh. E o Bogard, assim creio, esteve muito melhor do que poderia estar o Muni ou o Raff, pois esteve perfeito.
ResponderExcluirWalsh teve uma forma de mostrar aos espectadores o que seria aquele trailler movimentadissimo, muito humano e bastante vigoroso. Logo no inicio do filme o ator Barton McLaine mete-se a besta com Bogard e recebe uma sonora bofetada, que o deixa sem saber o que mais dizer ou o que fazer, mudo, com os olhos indicando agora respeito, numa abertura de filme que o cinéfilo já podia antever o que viria pela frente.
E o que se vê a partir daí é um conjunto de circunstancias que emolduram um quadro tipico dos filmes noir da época, onde todos os elementos têm papéis definidos e marcantes e onde o mocinho dita sempre o que deve ser feito.
E se tudo deve ser ditado por Bogard, há muito pouco mais para comentar.
E o espectador se vê diante de um drama dolorido, forte e muito bem feito sob a direção do bom walsh.
jurandir_lima@bol.com.br
Lê, Gabriel, grande abraço e obrigado pela participação...
ResponderExcluirGilberto, bem vindo de volta? Mas eu nem fui... aheuhauheua, abração a você...
Jurandir, seu comentário foi uma extensão de meu post, obrigado por suas inteligentes palavras.
Pessoal, deixem seus comentários, é sempre bom conhecer vossas opiniões...
Grande abraço a todos
Olá, Jefferson
ResponderExcluirSem ser tendencioso, prefiro a refilmagem dirigida pelo próprio Walsh apenas mudando o gênero. Falo de Golpe de Misericórdia (Colorado Territory), um grande faroeste com Joel McCrea e Virginia Mayo. Mas O Último Refúgio é muito bom mesmo.
Darci
Olá,Jefferson. Não conheço este. O texto e as imagens postas, aqui, estão belas. Sendo um filme sobre Gângster, acredite, já gostei. Gosto muito do seu espaço, Jefferson. As dicas de filmes antigos é de um gosto espetacular. Como não conheço todos. Tarefa difícil de realizar. Acredito muito nas suas referências e desde já o ponho em minha lista. Um abraço, Jefferson...
ResponderExcluirEu tinha este filme salvo no computador, ele me foi passado por um colega de trabalho que fã da filmografia do Humphrey Bogart, infelizmente perdi ele quando meu HD deu pau, antes de assisti-lo, vou tentar encontrá-lo novamente, sua resenha me deixou curioso, até então eu achava que ele era lembrado tão somente pela presença do Bogart no elenco...
ResponderExcluirJefferson, que bom que está de volta! Confesso que ainda não conhecia este filme. Quando se trata de cinema norte-americano, acho que ainda tenho muito o que aprender, por isso que sou uma grande fã do seu blog, é através dele que conheço os melhores filmes dessa época. Pra começar, devo dizer que admiro muito o trabalho de Bogart e Ida Lupino, portanto, depois de ler o seu texto, tenho certeza que este é um ótimo filme. Parabéns pela sequência de imagens!
ResponderExcluir*Quando puder, assista La Cabalgata del Circo; pelo que você disse à respeito do circo, tenho certeza que irá gostar. E quem sabe, pode até te inspirar a escrever novas resenhas!
E até breve, espero!
Abraços.
Maxwell, Bruno e Rubi, obrigado pela participação de vocês. Assistam ao filme, não irão se arrepender com certeza, um dos primeiros Noirs, ótimo sem dúvidas.
ResponderExcluirRubi, vou atrás da sua dica e procurar La cabalgata...