quinta-feira, 15 de março de 2012

"Amor Sublime Amor" (1961)

(West Side Story) De: Robert Wise e Jerome Robbins Com: Natalie Wood, Richard Beymer, Russ Tamblyn, Rita Moreno, George Chakiris, EUA -  Musical - Cor - MGM - 1961.

Na Zona Oeste de Nova York duas gangues rivais de adolescentes disputam o território, são esses os Jets, brancos e americanos que de forma alguma aceitam os hispânicos vindos de Porto Rico, Sharks. Certa noite quando as duas gangues encontram-se no mesmo baile, Tony (Beymer) o ex líder dos Jets conhece e se apaixona perdidamente por Maria (Wood) a irmã protegida do atual líder dos Sharks Bernardo (Chakiris). Baseado na celebre peça de Arthur Laurents, West Side Story repetiu nas telas o mesmo sucesso que alcançara nos palcos da Broadway quatro anos antes. A adaptação da tragédia de William Shakespeare Romeu e Julieta ambientada na atualidade e nas ruas pobres da cidade grande agradou críticos e público de todo o mundo. Vencera dez Oscar, entre eles o de melhor filme, trilha sonora, e atriz coadjuvante (Moreno). Robert Wise que vinha de grandes sucessos como O Dia em Que a Terra Parou (1951), Marcado Pela Sarjeta (1956) e Quero Viver (1958) acertara em cheio no gênero musical, levando seu primeiro prêmio de melhor diretor (fato que se repetiria quatro anos depois quando vencera com outro musical: A Noviça Rebelde). Amor Sublime Amor ocupa a segunda posição de melhor musical de todos os tempos segundo o AFI. Visto hoje as fortes combinações de romance, drama e música continuam a emocionar até aos que não são fãs do gênero. Imperdível. 

✩✩✩✩

Os Jets
Os Sharks
Os Jets e os Sharks
E suas constantes rixas 
O Baile
O Amor proibido de Tony e Maria
Maria celebra sua felicidade
Que não dura muito tempo
A Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante Rita Moreno 
Natalie Wood mais linda do que nunca
Cartaz original do filme

sexta-feira, 9 de março de 2012

"Uma Rua Chamada Pecado" (1951)

(A Streetcar Named Desire) De: Elia Kazan, Com Marlon Brando, Vivien Leigh, Kim Hunter, Karl Malden, EUA – Drama - P&B - Warner Bros. - 1951.

Elia Kazan após receber o Oscar de melhor diretor em 1948 pelo filme A Luz é Para Todos  tornou-se um dos mais conceituados e admirados diretores de Hollywood. Responsável por enormes sucessos, Kazan era sinônimo de lucro garantido em todos os estúdios que passava, como em; Viva Zapata – Fox, Sindicato de Ladrões – Columbia, Vidas Amargas – Warner, etc. Em 1947, enquanto trabalhava em A Luz é Para Todos, Kazan estreava na Broadway uma das peças mais famosas de todos os tempos, “Um Bonde Chamado Desejo” do Dramaturgo americano Tennessee Williams (1911-1983). A Peça que ficou em cartaz até 1949 obteve enorme sucesso de público e critica, além do prêmio Pulitzer que é considerado o Oscar do teatro. Na Inglaterra, onde a peça foi levada aos palcos com outro elenco e sob a direção de Laurence Olivier, o sucesso também foi inevitável. Em 1950 após dirigir Pânico Nas Ruas na Fox, Elia Kazan com a certeza do sucesso decide levar às telas de maneira "quase" fidedigna a trama de Williams. Os direitos sob a peça, que haviam sido adquiridos por Jack Warner, fizeram de Uma Rua Chamada Pecado o filme mais aguardado da Warner Bros em 1951. 

Temperamentos a flor da pele

Sabendo que encontrariam problemas junto à censura da legião da decência, diversas mudanças tiveram que ser feitas para adequar StreetCar aos padrões da época. Tennessee Williams praticamente reescreveu grande parte do roteiro, sequências inteiras se quer foram filmadas, enquanto outras mesmo depois de concluídas, tiveram que ser modificadas. Apesar de tantas mudanças, para a legião o filme de Kazan continuava indecente e imoral, e mesmo tendo sido liberado, sua classificação era a máxima de censura. Com isso a igreja católica influenciava veemente seus seguidores a não irem aos cinemas assistir esses filmes “condenados”. Mesmo com tantas contribuições negativas, Uma Rua Chamada Pecado (uma das traduções de títulos mais absurdas da história) se tornou um dos maiores sucessos daquele ano. 

Blanche DuBois conhece o cunhado Stanley Kowalski

O Filme (e obviamente a peça) mostra a difícil convivência de Stanley Kowalski (Brando) com sua cunhada Blanche DuBois (Leigh) que após chegar na casa da irmã Stella (Hunter) transforma completamente a vida do casal. A Interpretação de Vivian Leigh foi digna do Oscar que recebeu assim como a de Karl Malden (preferido de Kazan em diversas produções). Marlon Brando que só havia feito nos cinemas Espíritos Indômitos (1950) ao lado de Teresa Wright, repete nas telas sua magistral e perfeita atuação do grosseiro e machista Stanley. Depois de Uma Rua Chamada Pecado o ator se consolidou como um dos maiores atores de Hollywood de todos os tempos. Das 12 indicações que o filme recebeu ao Oscar, venceu 4. Entendemos que naquele ano a disputa estava mais do que acirrada, entretanto é inaceitável para qualquer cinéfilo que o melhor filme tenha sido Sinfonia de ParisAtenção para a incrível trilha sonora de Alex North. Visto hoje Uma Rua Chamada Pecado continua intacto, pesado e marcante, seu ótimo e ambíguo roteiro dá classe e poder as perfeitas atuações que mesmo passados sessenta anos, ainda choca e emociona qualquer mortal que tem o privilégio de assisti-lo.

✩✩✩✩✩

 Surgem as desavenças 
O Temperamento de Kowalski surpreende até os amigos mais próximos
A paixão avassaladora de Stella
Blanche e Mitch
Stella e Stanley
Um aniversário "quase" perfeito
O "Rei" da casa impõe suas ordens
A Covardia de Stanley
Nasce o novo astro de Hollywood
Vivian Leigh, Marlon Brando, Kim Hunter e Karl Malden
Cartaz original do filme

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"A Tortura do Silêncio" (1953)

(I Confess) De: Alfred Hitchcock, Com Montgomery Clift, Anne Baxter, Karl Malden, O.E Hasse, Brian Aherne, Roger Dann, Dolly Hass, EUA – Suspense – P&B – Warner - 1953.

Michael Logan (Clift) é um padre integro honesto e acima de qualquer suspeita que deixou tudo para trás para dedicar-se inteiramente a vida religiosa. Juntamente com outros padres, Logan ordena em uma paróquia na cidade de Quebec no Canadá, onde com eles residem também o casal de refugiados alemães Otto e Alma Keller (Hasse e Hass respectivamente). Certa noite após cometer um terrível assassinato, Otto imediatamente segue para igreja e o confessa diante de Logan, que por sua vez (e segundo as normas da religião católica) guarda profundamente o silêncio. Quando o Inspetor Larrue (Malden) inicia suas investigações diversos fatos contribuem contra a integridade do padre, fazendo com que ele se torne o principal suspeito do crime. Ruth Grandfort (Baxter) uma “antiga” paixão de Logan após descobrir a atual situação desse, no intuito de ajudá-lo complica - o ainda mais levando - o a julgamento. É mais um dos diversos filmes de Hitchcock onde um homem inocente se torna culpado. Foi baseado na peça francesa Nos Deux Consciences, e é considerado por muitos como o filme mais romântico do mestre do suspense. A ótima trilha sonora assinada por Dimitri Tiomkin que inclui até cantos Gregorianos (Dies Irae) foi elaborada minuciosamente para expressar a tristeza e o sofrimento do padre mediante a sua difícil situação. A fotografia magistral de Robert Burks (fiel parceiro de Hitchcock em praticamente todos os notáveis trabalhos do diretor como Pacto Sinistro, Janela Indiscreta, Disque M Para Matar, Um Corpo Que Cai, etc) exprime o clima tenso e pesado da obra que inquestionavelmente pode ser intitulado de Obra Prima.

✩✩✩✩

O padre Michael Logan ouve a confissão de Otto Keller
Que de inicio se demonstra arrependido do crime
Mas logo deixa transparecer suas verdadeiras intenções
Logan aguardando o interrogatório do inspetor Larrue
Logan é  reconhecido por pequenas testemunhas
Ruth Grandfort descobre a situação de seu "antigo" amor
O Inocente torna-se o principal suspeito
No intuito de ajudar Logan, Ruth o prejudica ainda mais
E expõe seu antigo relacionamento com o atual sacerdote
O antigo e ardente amor de Ruth e Michael
As circunstâncias colocam Logan frente a frente com a verdade
Anne Baxter e Montgomery Clift em foto publicitária
Cartaz original do filme
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