(Sabrina) De: Billy
Wilder, Com: Audrey Hepburn, Humphrey Bogart, William Holden, Walter
Hampden, John Williams, EUA - P&B - Romance - Paramount - 1954.
Em 1953 a peça Sabrina Fair de Samuel A.
Taylor ainda estava sendo montada na Broadway quando os executivos da
Paramount Pictures perceberam que sua história era perfeita para ser utilizada
no novo filme da nova estrela do estúdio; a vencedora do último Oscar Audrey Hepburn. Para
adaptar o filme para as telas a Paramount convidou o também premiado Billy
Wilder, que já havia vencido o Oscar em 1945 por seu ótimo trabalho em Farrapo Humano e que vinha de
consecutivos sucessos como Crepúsculo dos
Deuses, A Montanha dos Sete Abutres, e Inferno Nº 17. Em parceria com o
autor da peça Samuel Taylor e com o ótimo roteirista Ernest Lehman, Wilder
passou a reescrever Sabrina, o filme que fora o maior sucesso do estúdio em
1954. A princípio, para estrelar o romance ao lado de Hepburn, haviam sido
convidados Cary Grant e William Holden, no entanto pouco antes do inicio das
filmagens Grant se desligou do projeto sendo substituído pelo renomado e sazonado
Humphrey Bogart.
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A garota Sabrina |
A história de Sabrina, que muito se assemelha aos contos de
fadas de Cinderela e A Gata Borralheira começa como qualquer
outro Fairy Tale: “Era uma vez na costa norte de Long Island a
50 km de Nova York, uma garota que morava numa grande propriedade, a propriedade
era, de fato, imensa e tinha muitos empregados, havia jardineiros para tomar
conta dos jardins, e um cirurgião vegetal de plantão. Havia um barqueiro para
colocar os barcos na água na primavera, e raspar o fundo deles no inverno.
Havia especialistas para cuidar dos campos da quadra de tênis externa e da
quadra de tênis interna, da piscina externa e da piscina interna, e um homem sem
um título especifico cuidava de um lago no jardim, com um peixinho dourado
chamado George. Na propriedade, também havia um chofer chamado Fairchild, que
havia imigrado da Inglaterra há alguns anos juntamente com um Rolls-Royce.
Fairchild era um bom motorista, de uma polidez considerável assim como os oito
carros aos seus cuidados, e ele tinha uma filha chamada, Sabrina.”
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Sabrina com o pai, o chofer Fairchild |
É a
própria Sabrina que nos apresenta sua própria história. Filha do chofer Fairchild
(Williams), Sabrina (Hepburn) é completamente apaixonada pelo filho do patrão,
David Larrabee (Holden) um playboy mulherengo que sequer nota sua existência.
No entanto, após ser enviada pelo pai a um curso de culinária em Paris, Sabrina
que em outrora não passava de uma moçoila magricela, se transforma em uma
elegante e sofisticada mulher, que ao retornar não só consegue despertar a
atenção de David como também de seu irmão mais velho Linus (Bogart), ocasionando um complicado triângulo amoroso. As filmagens de Sabrina duraram pouco menos de
oito semanas (de outubro a novembro de 1953) e quando chegou as telas, no
inicio de 1954, além de receber todas as pompas em sua premiére também foi um
grande sucesso de crítica e de público. O filme, que hoje não só é lembrado por
ser uma ótima comédia romântica e por ter consolidado a carreira de Hepburn é reconhecido
também como o primeiro de uma série de comédias românticas realizadas pelo
lendário Wilder, que em seguida levaria as telas os ótimos; O Pecado Mora ao Lado, Quanto mais Quente
Melhor e Se Meu Apartamento Falasse. Em 1995 Sabrina foi regravado sem
sucesso (a não ser nas Sessões da Tarde
da TV brasileira) por Sydney Pollack. O remake apesar de possuir o mesmo enredo
e o mesmo título não alcançou sequer a sombra do original. Em suma, Sabrina de
Billy Wilder, mesmo passados quase sessenta anos de seu lançamento não
envelheceu e permanece hoje entre os grandes clássicos de Hollywood.
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A mulher Sabrina |
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Após retornar de Paris reencontra sua antiga paixão |
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Sabrina e Linus |
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Sabrina e David |
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Sabrina entre os irmãos Larrabee |
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Bogart como Linus Larrabee |
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Holden como David Larrabee |
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O trio em foto publicitária |
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Cartaz original do filme |
Eles formaram um trio perfeito! Um filme divertido, romântico e com classe. Por isso nunca me canso de ver as obras de Billy Wilder.
ResponderExcluirAbraços!
Obra de um gênio e com um elenco simplesmente impecável. O remake com o Harrison Ford nem se compara. A seleção de fotos que você fez está simplesmente sensacional. Abração!
ResponderExcluirAhhh, eu amo, a versao com Harrison Ford, pode ser mais pobre mas tem uma magia *__*
ExcluirUma vergonha: assisti a 2ª versão com Julia Ormond e Harrison Ford, mas este clássico ainda não vi...
ResponderExcluirInesquecível Sabrina! Que post lindo!
ResponderExcluirÉ uma pena que essa geração nova conheça mais a refilmagem dos anos 90.
ResponderExcluirMuito bom texto, Jefferson. Apesar de ser um Clássico eu, ainda, não vi. A ideai da moça que segue para fazer um curso de culinária na Fraça é algo bem patriarcal. Hoje as mulheres viajam para fazererm pós-graduação e etc. E quando chegam vão dedicar boa parte de sua vida ao trabalho e só, depois, de uma vida, aparetemente, equilibrada resolvem conhecer alguém. Sabrina (1954)é como você mencionou, Jefferson, "muito se assemelha aos contos de fadas." Um abraço...
ResponderExcluirOla amigo,que coincidência,esta semana toda estive "furungando" neste belo filme,com linda história e atores da melhor qualidade.O meu interesse principal,é claro era a trilha sonora que é o objetivo de meu blog.Agora deparo com esta tua sensacional postagem e fotografias que me deixaram de água na boca.ADOREI.Tenhas um òtimo fim de semana e deixo aqui meu maior abraço. SU.
ResponderExcluirPuro charme. Gosto muito desse filme.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Não fica no topo do meu top da Audrey Hepburn, ma sé um ótimo entretenimento ainda assim. Wilder raramente decepciona em filmes românticos e cômicos. Bogard e Holden fazem aqui uma incrível presença. Preciso rever este clássico. Ótima matéria Jefferson e olhar gracioso que você dá a fita em sua crítica começando pela seleção de fotos. De tudo que o Taylor escreveu, o meu predileto será sempre sua colaboração com Hitchcock em "Um Corpo Que Cai".
ResponderExcluirA outra versão com Ford sob direção do Pollack também acho boa e é até injusto fazer comparações.
Abs.
Vi poucos filmes da Audrey Hepburn; mas em todos eles ela se mostra uma excelente atriz (e muito versátil). E o que dizer de Humphrey Bogart? Dois ícones do cinema mundial. Este filme, em especial, é um clássico inesquecível. Reunir duas figuras tão importantes do cinema numa obra só poderia resultar nisso. Ótimo post Jefferson!
ResponderExcluirAbraços.
Preciso ver imediatamente!!!
ResponderExcluirhttp://monteolimpoblog.blogspot.com.br/
Jefferson, Saratoga foi mais um filme que eu baixei para assistir. Ele pode ser encontrado como torrent no blog Sala de Exibição. Infelizmente, o filme nem sequer saiu em DVD nos Estados Unidos, mas se saísse com certeza seria um sucesso!
ResponderExcluirAbraços!
Lê Nunca vou entender pq filmes tão podres e ruins vivem sendo relançados enquanto obras raras e importantes da história do cinema não são...
ExcluirLamentável...
Caríssimo, o blog O FALCÃO MALTÊS está aniversariando e entrando de férias. Obrigado pela parceria. Desejo um Natal harmonioso e um Ano Novo cheio de energia.
ResponderExcluirCumprimentos cinéfilos,
O Falcão Maltês
Que ganas de volver a ver la película.
ResponderExcluirFelices Fiestas!
Jefferson,
ResponderExcluirNão vi esta fita, mas vi a versão mais recente com o Harrison Ford e a Julia Osmond.
É um filme agradável, embora eu tenha toda convicção de que o original bate sem pena na nova versão.
Cito esta opinião por quem dirige a fita (o nome do diretor é um dos mais positivos indicativos para uma fita) e pelo trio de atores principais.
Além de conhecer muito do trabalho de Wilder, vi, no minimo, a metade dos filmes do Holden, do Bogart e da Audrey Hepburn.
Portando, posso dizer sem receios que trata-se de uma fita leve, deliciosa, agradável e cheia de requintes de bom gosto.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir assista esse filme, as lojas disponibilizam atualmente um box de Hepburn contendo três de seus melhores filmes: Sabrina, A Princesa e o Plebeu e Bonequinha de Luxo, adquira essa produto e com certeza terá em casa as três melhores comédias românticas do cinema.
ResponderExcluirGrande Abraço
Assisti aos dois filmes, e gostei mais do filme a cores, apesar do prestígio do filme de 1954. Neste filme Paris nem se que é mostrada! Bogart esta horrível , eu acho que ele foi escolhido por causa do prestígio que tinha na época. Se não fosse a Audrey, talvez o filme nem se quer seria lembrado hoje em dia. Nos achamos que um filme por ser antigo (anos 30, 40 ou 50), é melhor que muitas produções recentes. E penso que isto é pura nostalgia misturada com uma pitada de propaganda tipo "quanto mais velho o filme melhor". A filmes antigos que são horríveis e ingênuos em seus roteiros, como "Farrapo Humano ", onde o personagem esconde ou amarra uma garrafa do lado de fora da janela do prédio. " O Estrangeiro", as mortes dos personagens são de fazer rir e a maneira como o agente descobre que o professor só pode ser o nazista que procura é muito infantil. Stan Lee faria melhor. Uma dica de um antigo ótimo e um recente "Agonia e Êxtase" e Caçada ao Outubro Vermelho".
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