sábado, 12 de maio de 2012

"Uma Cidade Que Surge" (1939)

(Dodge City) De Michael Curtiz, Com Errol Flynn, Olivia De Havilland, Alan Hale, Ann Sheridan, Bruce Cabout, Frank McHugh, Henry Travers, EUA – Cor – Faroeste – Warner Bros. – 1939. 

Quando o Western “No Tempo das Diligências” estreou nas telas em 1939, (considerado o melhor ano da história do cinema) John Ford elevava à classificação A o gênero que por muitos anos reinou apenas nas vesperais com simples e baratas produções B. O sucesso desse filme foi tão grande que, além de transformar John Wayne em astro, despertou ainda em todos os estúdios de Hollywood o interesse de retornar com as grandes produções desse estilo. A Warner Brothers, que na época utilizava o slogan A First National Pictures, realmente foi a primeira, e pegando carona no sucesso de Ford, mais que rapidamente reuniu sua melhor equipe: Michael Curtiz (1886-1962), Errol Flynn (1909-1959) e Olivia De Havilland (1916-), que haviam estreado e garantido grandes sucessos anos anteriores, (Capitão Blood, A Carga da Brigada Ligeira, As Aventuras de Robin-Hood) para lançar o grandioso e impecável; Uma Cidade Que SurgeFlynn, que a principio não acreditava em si mesmo interpretando um Cowboy, provou que era tão bom no gatilho como era com as espadas. Anos depois ele estrelaria ainda mais sete faroestes, inclusive a seqüência desse; Caravana de Ouro (Virginia City). Uma Cidade que surge é um típico faroeste, completo e original, reúne tudo que um bom filme desse gênero possui; diligências, locomotivas, saloons, dançarinas de can-can, colonos, índios, mocinhos e vilões. Em 1939 tudo isso era novidade, autêntico, não clichê como se tornou anos mais tarde quando os faroestes passaram por diversas reformas. A história do filme se resume em mostrar a colonização e formação da cidade americana de Dodge City, no Kansas. Desde a chegada da ferrovia, dos inescrupulosos criadores de gado que comandavam a região e da ordem que é instaurada pelo xerife Wade Hatton (Flynn). Magistralmente filmado em Technicolor, com uma belíssima fotografia e ótima trilha sonora, o filme resistiu ao tempo e permanece como um dos grandes faroestes de todos os tempos. Prato cheio para os fãs do gênero e demais amantes do bom e velho cinema.

✩✩✩✩

Dodge City é fundada...
e Logo tomada por inescrupulosos bandidos
Até a chegada de  Wade Hatton
 Abbie e Hatton que a principio não se entendem
Tornam-se grandes apaixonados
A parceria de sucesso Alan Hale e Errol Flynn
Ação, uma das diversas características presentes na direção do mestre Curtiz
Olivia DeHavilland e Errol Flynn em foto publicitária
Flynn estréia seu primeiro faroeste
Cartaz original do filme

terça-feira, 1 de maio de 2012

"Bonequinha de Luxo" (1961)

(Breakfast At Tiffany´s) De Blake Edwards, Com Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Mickey Rooney, Martin Balsam, EUA – Comédia Romântica – Cor – Paramount – 1961. 

Após um ano e meio afastada das câmeras devido sua licença maternidade, em 1961 quando retomou suas atividades, Audrey Hepburn (1929-1993) sequer imaginava que estava prestes a estrelar aquele que se tornaria seu mais famoso filme; Bonequinha de LuxoQuando os estúdios Paramount Pictures adquiriram no inicio dos anos 60 os direitos sobre o livro Breakfast At Tiffany´s de Truman Capote (1924-1984), a pedido desse, foi feito um convite a Marilyn Monroe (1926-1962) para que ela estrelasse o papel de Holly Goligtly. Monroe, que naquela altura estava sob os cuidados de seu professor Lee Strasberg (1901-1982) no Actor´s Studio´s, recusou por intermédio dele o convite, alegando que não seria interessante para sua imagem atual interpretar uma “acompanhante de luxo”. Ao invés disso, Marilyn Monroe é emprestada a MGM onde atua sob a direção do renomado diretor John Huston (1906-1987) no pesado Os Desajustados (1962), esse que fora o último filme da atriz. Audrey Hepburn por sua vez, via em Holly Goligtly um desafio para sua carreira. Ela que vinha de diversos filmes sempre sob o estereótipo da boa moça (A Princesa e o Plebeu, Sabrina, Cinderela em Paris, Guerra e Paz, Uma Cruz a Beira do Abismo...) tinha com Bonequinha de Luxo plenas condições de provar ainda mais seu grande talento. E assim aconteceu, mesmo sem a aprovação de Capote, a estrela da Paramount é contratada para estrelar o filme sob a direção do “quase desconhecido” Blake Edwards (1922-2010). O roteiro, ficou a cargo do exímio  George Axelrod (1922-2003), que anos antes havia sido responsável pelos ótimos scripts de O Pecado Mora ao Lado (1955) e Nunca Fui Santa (1956). Axerold, que já era experiente em adaptar para o cinema famosas peças e livros com conteúdos considerados impróprios, ao aceitar o desafio de trabalhar em Breakfast At Tiffany´s, completou a equipe da mais bem sucedida comédia romântica da história do cinema. 


Audrey Hepburn é Holly Goligtly 

Holly Goligtly (Hepburn) é uma jovem sonhadora que foge de um infeliz casamento no interior em busca da felicidade na cidade grande. Em Nova York, diante das dificuldades, acaba se tornando uma acompanhante de luxo sob os cuidados de O. J Berman (Balsam). Quando o escritor secundário Paul Varjak (Peppard) passa a ser vizinho de Holly, nasce entre eles um forte e sincero sentimento que ela ignora completamente por viver em busca de um pretendente milionário. O título original do filme (e também do livro) se refere aos cafés da manhã de Holly na frente das vitrines da joalheria Tiffany ao fim de suas longas e boemias noites. Venceu duas categorias do Oscar, melhor trilha sonora (Henry Mancine) e melhor canção original (Moon River, que segundo consta seria cortada da edição final do filme e que só permaneceu depois da insistência de Audrey Hepburn). O Filme continua hoje, mais de cinquenta anos após seu lançamento, completamente autêntico e encantador. A imagem de Hepburn permanece ligada a Holly Goligtly mais que em qualquer outro personagem. Os figurinos assinados por Edith Head (1897-1981) só comprovam por que ela é considerada isoladamente a melhor figurinista de todos os tempos. Em suma podemos afirmar que, Bonequinha de Luxo além de uma ótima comédia romântica, é um grande clássico do cinema, obrigatório e indispensável em qualquer coleção. 

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Holly e "O Gato"
Holly e Paul se conhecem
E mesmo Paul sendo "comprometido"
Os verdadeiros sentimentos se manifestam
Holly e Paul passam o dia fazendo o que nunca fizeram
O Fim e o começo
Breakfest At Tiffany´s
Foto publicitária
Peppard e Hepburn em foto publicitária
Cult
Cartaz original do filme

sábado, 21 de abril de 2012

"Os Pássaros" (1963)

(The Birds) De Alfred Hitchcock, Com Tippi Hedren, Jessica Tandy, Rod Taylor, Suzanne Pleshette, Veronica Cartwright, EUA - Suspense - Cor - Paramount - 1963.

Alfred Hitchcock (1899-1980), que no inicio dos anos 60 ocupava sua merecida posição entre os melhores diretores de Hollywood, lançando ótimos filmes ano após anos, tornara seu nome um verdadeiro sinônimo de sucesso, qualidade e perfeição. Em 1963, recém saído do estrondoso sucesso de Psicose, o diretor se via diante de um grande problema; não tinha a mínima ideia de qual seria seu próximo filme! Todavia, ao perceber que um estranho conto de Daphne Du Maurier (1907-1989), obtido anos antes para ser filmado em sua série de TV, tinha potencial para se tornar um longa metragem, o mestre do suspense reúne sua fiel equipe e passa a adaptar aquele que viria a se tornar mais uma de suas obras primas: Os Pássaros. A trama do filme se consiste da seguinte forma; Após conhecer ocasionalmente Mitch Brenner (Taylor) em um Pet Shop de São Francisco, a socialite Melanie Daniels (Hedren) decide fazer-lhe uma surpresa visitando-o em sua pequena cidade litorânea; Bodega Bay. Ao chegar ao local, Melanie juntamente com os demais habitantes da cidade passam a vivenciar momentos de horror ao serem atacados violentamente e sem nenhuma explicação lógica, por pássaros de todos os tamanhos e espécies. Considerado por muitos o filme mais assustador do diretor, Os Pássaros na verdade divide opiniões, com alguns o criticando negativamente pelo fato do mesmo não possuir um tradicional e corriqueiro "fim” e outros atribuindo a intencional ausência de trilha sonora como uma grande falha (ainda mais levando em consideração o enorme potencial de Bernard Herrmann que atuou na produção apenas como consultor de som). Visto hoje, o filme continua tenso, envolvente e impactante. Sem dúvidas, o último grande filme de Hitchcock e um dos mais autênticos suspenses da historia do cinema. Obrigatório na coleção de qualquer cinéfilo.

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Melanie e Mitch se conhecem em um pet shop e ...
Logo se reencontram  
Após Melanie o visitar em sua cidade natal
Em Bodega Bay Melanie conhece a ex namorada de Mitch e ...
Juntas passam a observar estranhos acontecimentos no local
Pânico na casa dos Brenner
Os Pássaros invadem a escola
Levando terror as crianças
O caos de Bodega Bay 
Melanie entra em choque após ser atacada
O resultado das furiosas revoadas 
Foto publicitária do filme
Cartaz original do filme
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