quarta-feira, 23 de março de 2011

Elizabeth Taylor Morre aos 79 Anos.

Com a morte de Liz Taylor, essa quarta-feira, 23 de março de 2011, é sem dúvidas um dia para entrar na história do cinema  


Morreu na manhã desta quarta-feira (23), em Los Angeles, aos 79 anos, a atriz Elizabeth Taylor. A informação foi confirmada por sua agente. Ela estava internada havia seis semanas no hospital Cedars-Sinai, com quadro de insuficiência cardíaca congestiva, que ela enfrentava desde 2004. A doença impede o coração de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades dos outros órgãos. Em 2009, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. Ela usava cadeira de rodas havia mais de cinco anos para lidar com uma dor crônica. "Minha mãe era uma mulher extraordinária que viveu a vida ao máximo, com muita paixão, humor, e amor. Apesar de sua morte ser devastadora para aqueles que a mantiveram tão próxima e de forma tão querida, sempre seremos inspirados por sua contribuição duradoura", disse o filho da atriz, Michael Wilding, em comunicado.


Liz Taylor nos anos 40;  menina e já  estrela


Liz, como era conhecida, teve uma vida marcada por polêmicas. Foi considerada uma das mulheres mais belas de seu tempo, com os famosos olhos cor de violeta. Seu ex-marido Richard Burton disse que eles eram "tão sexies que equivaliam a pornografia". Tão vibrante quanto o olhar era a sua coleção de joias, que só fez aumentar ao longo de oito casamentos. Só de Burton ganhou duas de suas mais cobiçadas peças, o "diamante Krupp" e a pérola “La Peregrina”, além de um diamante em formato de coração descoberto no século 16, que pertenceu a uma das esposas do imperador indiano Shah-Jahan. Ela justificava seu apreço dizendo que “grandes garotas precisam de grandes diamantes”. Nascida em 27 de fevereiro de 1932 em Londres, Elizabeth Rosemond Taylor teve seu primeiro papel no cinema no longa "There's One Born Every Minute", de 1942. Tornou-se estrela de Hollywood após interpretar Velvet Brown em "A Mocidade é Assim Mesmo" (1944), aos 12 anos. Entre seus maiores sucessos estão: "O Pai da Noiva" (1950), "Um Lugar ao Sol" (1951), "No Caminho dos Elefantes" (1954), "Assim caminha a humanidade" (1956), último trabalho do ator James Dean, "A Árvore da Vida" (1957), "Gata em Teto de Zinco Quente" (1958), ao lado de Paul Newman, e "De Repente no Último Verão" (1959). Ao protagonizar o arrasa-quarteirão "Cleópatra", de 1963, tornou-se a primeira atriz a receber um cachê de US$ 1 milhão. Foi durante as gravações do longa, considerado um dos mais caros de todos os tempos, que ela se envolveu com Richard Burton, um dos seus oitos casamentos (com Burton foram dois).


Em Assim Caminha a Humanidade com Rock Hudson e James Dean

Elizabeth Taylor também venceu dois Oscar, um por seu trabalho em "Disque Butterfield 8" (1960) e outro pelo pesado "Quem Tem Medo de Virgina Woolf" (1966) . O último filme em que trabalhou foi "These Old Broads", de 2001, uma produção para a TV dirigida por Matthew Diamond. Em 1992, emprestou a voz na série animada "Os Simpsons": ela dubla Maggie no episódio em que a personagem pronuncia sua primeira palavra. Elizabeth era amiga do cantor Michael Jackson, morto em junho de 2009, e madrinha de seus filhos Paris e Prince. O funeral da atriz está previsto para esta semana, no cemitério Westwood Village Memorial Park, em Los Angeles, onde também estão sepultados Marilyn Monroe, Natalie Wood e Truman Capote.

Fonte: www.g1.com

"Obrigado Elizabeth, sem você o cinema jamais seria o mesmo."


No inicio dos anos 50;
A Eterna "Cleópatra" na célebre versão de 1963
A Atriz nos anos 80, 
Taylor e Clift; a amizade durou até a morte do ator em 1966
Taylor e  Jackson, outra amizade que durou até a morte do cantor em 2009
Liz nos deixou na manhã da última quarta - feira 23-03-2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

"A Dama das Camélias" (1921)

(Camille) De Ray C. Smallwood, Com Alla Nazimova, Rodolfo Valentino.  EUA - Drama - P&B - Metro - Mudo - 1921.

A famosa e disputada cortesã Marguerite Gautier (Nazimova) conhece o sincero e verdadeiro amor nos braços do puro e inocente Armand Duvall (Valentino), entretanto, o pai desse após descobrir o relacionamento do filho, procura Gautier e oferece-lhe uma grande quantia em dinheiro para que ela o abandone. Adaptação do famoso romance homônimo de Alexandre Dummas Filho (1824-1895). Nessa versão, a trama se passa nos dias atuais ao invés do século XIX como o original. Filme produzido exclusivamente por Nazimova, que nos anos do cinema silencioso, reinava em Hollywood, assim como Valentino, que no auge de sua fama, ajudou somar ainda mais a grande bilheteria dessa extravagante produção. A Dama das Camélias foi levada as telas inúmeras vezes. A primeira delas, em 1907 sob a direção de Viggo Larsen (1880-1957), mais tarde, em 1912, foi a vez da renomada atriz Sarah Bernhardt (1844-1923), que também interpretava Camille no teatro, viver Marguerite na tela grande. Ao todo, foram doze filmes, destacando-se entre eles essa versão aqui abordada e a de 1936 com Greta Garbo (1905-1990) e Robert Taylor (1911-1969). A versão de 1936, dirigida por George Cukor (1899-1983), apesar de ter se tornado a versão definitiva da obra de Dummas, não ofuscou o brilho da película de Smallwood, que hoje, ainda sobrevive graças a presença do lendário casal central. 

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Marguerite e as constantes festas em sua casa 
Armand, Marguerite e uma Camélia
Dias felizes no campo
Nazimova e Valentino em foto publicitária 
Valentino
Nazimova
Cartaz original do filme

quarta-feira, 2 de março de 2011

"Um Lugar ao Sol" (1951)

(A Place In The Sun) De George Stevens, Com Montgomery Clift, Elizabeth Taylor, Shelley Winters, Raymond Burr, Anne Revere. EUA - Drama - P&B - Paramount - 1951.

George Stevens (1904-1975) já era um renomado diretor no final dos anos 40 quando se interessou pela obra de Theodore Dreiser (1871-1945) Uma Tragédia Americana, livro que aborda um triângulo amoroso baseado em caso real ocorrido nos anos 20. Todavia, a Paramount pictures já havia filmado a história em 1931 sob a direção de Josef Von Sternberg (1894-1969) e um remake estava fora de cogitação. No entanto, disposto a filmar novamente a trama de Dreiser, Stevens processou o estúdio alegando que não tinha liberdade para realizar seus projetos. Diante da vitória, o diretor recebeu sinal verde para iniciar aquele que sem dúvidas se tornou seu mais brilhante e inesquecível filme; Um Lugar ao Sol (1951). Montgomery Clift é George Eastman, rapaz pobre e ambicioso que recebe do tio milionário Charles Eastman uma oportunidade para trabalhar em sua empresa de trajes de banho. Ali, George se envolve com a operária Alice Tripp (Winters) e o caso de amor entre os dois floresce as escondidas, uma vez que o relacionamento entre funcionários era proibido. O destino de George muda completamente quando o velho Eastman ao visitar a fábrica o encontra entre os operários; Imediatamente George recebe uma promoção e o convite para um coquetel na residência dos Eastman. Lá ele tem a oportunidade de conhecer, pessoalmente, aquela que até então ele conhecia somente pelas páginas das colunas sociais; Ângela Vickers (Taylor).


George Stevens assiste o ensaio de Clift e Taylor

O Amor e a atração entre os dois é inevitável e dentro de poucos dias ambos se vêem completamente envolvidos. Assim, George passa a fazer parte da tão sonhada alta sociedade, seus dias nunca haviam sido tão felizes como eram ao lado de sua grande paixão; Ele havia vencido, havia conquistado finalmente seu lugar ao sol; Tudo estaria perfeito se não fosse um único e grave problema; Alice, grávida, ameaçava entregar seu segredo a todos caso George não se casasse com ela. O Filme levou seis prêmios da academia; melhor diretor, melhor fotografia, melhor figurino, melhor montagem, melhor roteiro e melhor trilha sonora. George Stevens Jr contou recentemente em um documentário, que após a cerimônia da entrega do Oscar em 1952 seu pai comentara dentro do carro, voltando para casa, que não entendia como o filme havia levado tantos prêmios e que talvez só fosse entender 25 anos mais tarde. Pois bem; passou-se 60 anos desde seu lançamento e Um Lugar Ao Sol continua intacto, nenhum pouco envelhecido e com legiões de fãs por todo o mundo. A maior lenda do cinema, Charlie Chaplin (1889-1977), mais tarde assumira que o filme de George Stevens era seu filme preferido e segundo ele, o mais bem produzido de Hollywood. Infelizmente os membros da academia não tinham a mesma opinião, uma vez que o vencedor do Oscar de melhor filme de 1951 foi o musical de Stanley Donen  e Gene Kelly (1912-1996), Sinfonia em Paris. 

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George conhece Ângela durante um coquetel na casa dos Eastmans
George e Alice, amor estremecido

George e Alice, casamento forçado
"Eu te amo desde a primeira vez que te vi,
na verdade acho que te amo mesmo antes de te-la visto"
O close mais famoso do cinema
George não consegue esconder seu cansaço emocional
Monty Clift é George Eastman
Shelley Winters é Alice Tripp
Elizabeth Taylor é Angela Vickers

Cartaz original do filme
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