sábado, 31 de dezembro de 2011

"As Estrelas que se Apagaram em 2011"

In Memoriam: Um Tributo a eles, os principais artistas do cinema que partiram nesse ano:


Anne Francis (1930-2011)



Betty Garrett (1919-2011)


Bill McKinney (1931-2011)


Cliff Robertson (1923-2011)


Dolores Fuller (1923-2011)


Elizabeth Taylor (1932-2011)


Farley Granger (1925-2011)


Harry Morgan (1915-2011)


Jackie Cooper (1922-2011)


Jane Russell (1921-2011)


Jiggs "Chita" (1931-2011)


Maria Schneider (1952-2011)


Miriam Seegar (1907-2011)


Sidney Lumet (1924-2011)




Alguns partiram com mais de 100 anos, outros com menos de 60. De fato suas obras permanecem, e enquanto elas existirem, cada um desses continuaram vivos até que os nossos olhos também decidam se fechar .




Feliz 2012 à Todos.



sábado, 24 de dezembro de 2011

"A Felicidade Não Se Compra" (1946)

(It´s a Wonderful Life) De Frank Capra, Com: James Stewart, Donna Reed, Henry Travers, Thomas Mitchell, Lionel Barrymore, Gloria Grahame, Ward Bond, H.B Warner, EUA - Drama - P&B - Liberty Films - 1946.

Quando paramos para observar o cinema, desde sua criação - lá se vão mais de cento e quinze anos - é certo afirmar como essa “fábrica de sonhos” vem ao longo dos anos nos proporcionando tantos e diferentes prazeres.É incrível o poder e a facilidade que alguns filmes tem de mexer com nossos sentimentos, filmes que nos trazem alegrias, tristezas, risos e até lágrimas. Obviamente que a cada ano que passa esse número de “prazeres” vem diminuindo com a baixa qualidade das produções, entretanto voltando nosso olhar para o passado, nos deparamos com filmes tão excelentes que só podemos concluir que são como vinhos, ou seja, ficam melhores com o passar dos anos. Filmes esses que tem o poder de encantar, emocionar e apaixonar qualquer público, e em qualquer época, lugar, ou idade. O exemplo mais verdadeiro disso é a obra prima realizada pelo mestre Frank Capra em 1946 e que ocupa atualmente a 11º colocação do AFI (American Film Institute) entre os 100 melhores filmes já produzidos: “A Felicidade Não Se Compra”. É indiscutivelmente o melhor filme de Capra (levando em consideração a imensa lista de obras primas que ele possui como: Aconteceu Naquela Noite, A Mulher Faz o Homem, Do Mundo Nada se Leva, etc.)  o melhor filme com tema natalino já feito pelo cinema, e sem dúvidas é desse filme a mensagem mais otimista e positiva já levada as telas.


Clarence se apresenta a George

George Bailey (Stewart) é um homem completamente acima de qualquer suspeita, integro, honesto e que desde criança sonha em se mudar de Bedford Falls, sua pequena cidade natal. Sua dedicação a família sempre atrasou seus planos principalmente após a morte de seu pai, quando ele juntamente com seu tio Billy (Mitchell) e a esposa Mary (Reed) assumem a direção do pequeno banco de construções e créditos da família, livrando-o assim das garras de seu temido concorrente o Sr. Potter (Barrymore).O que George não imaginava é que justamente na véspera do natal seu tio Billy perderia uma grande quantidade de dinheiro levando-o a se desesperar diante da falência, escândalo e possivelmente da prisão. A terrível situação faz com que George não encontre outra saída a não ser suicidar-se. 


Comemorando a volta de Harry Bailey da guerra, 
Tio Billy perde todo o dinheiro da empresa na véspera do natal

Ouvindo as preces de todos na cidade “Deus” envia até George, Clarence, (Travers) um “Anjo de segunda classe” (ou seja, o anjo que ainda não tem asas) com a seguinte missão: fazer George desistir do suicídio. Clarence para conseguir sua feita e finalmente obter suas asas decide mostrar a George como seria o mundo caso ele não existisse, é através dessa atitude formidável que ele passa a valorizar sua existência concluindo que sua vida é extremamente essencial as pessoas que o cerca. É um enredo diferente e que chega a soar como infantil ou cômico, mas é evidente que se trata de um filme sério e completamente poderoso. Leva as lágrimas todo seu público, e o mais interessante, sem o uso de cenas melodramáticas, apenas por mostrar de forma tão pura e verdadeira a maior riqueza que possuímos que é a vida ou simplesmente o privilégio que temos de viver. Era explicitamente o filme preferido de James Stewart e de Frank Capra e sem dúvida alguma também o filme preferido de muitas pessoas. Indispensável em qualquer coleção e obrigatório para qualquer cinéfilo.


✩✩✩✩✩


Desde criança o pequeno George sonha em viajar pelo mundo
Mary e George amor a primeira vista
O inicio conturbado da relação
E sua consumação
George assume a pequena empresa  da família 
E  diante de uma crise a salva com dinheiro da própria lua de mel
As pétalas de Zuzu
Diante da trágica situação George desespera-se
Não conseguindo esconder sua aflição ele torna-se áspero com toda a família 
Perambulando pelas ruas ele tenta encontrar uma solução
Recorrendo até a seu maior inimigo e verdadeiro responsável  por sua desgraça
Num ato de desespero, George decide findar sua vida
Nesse momento lhe aparece Clarence, seu anjo da guarda
Depois de ter o privilegio de saber como seria o mundo sem sua existência,
George mesmo com problemas comemora
E retorna para os braços da família 
E ali recebe o maior presente de natal que poderia receber
Como George Bailey o mestre da moralidade James Stewart tem o melhor desempenho de sua carreira 
Cartaz original do filme


Feliz Natal a Todos os Leitores !!

sábado, 17 de dezembro de 2011

"Matar ou Morrer" (1952)

(High Noon) De Fred Zinnemann, Com Gary Cooper, Grace Kelly, Thomas Mitchell, Lloyd Bridges, Katy Jurado, Harry Morgan, Lee Van Cleef, Ian MacDonald, EUA - Faroeste - P&B – Republic/United Artists - 1952.

É domingo de manhã em Hadleyville, o ex-xerife Will Kane (Cooper) acaba de se casar com Amy (Kelly) e se prepara para sair em lua de mel quando chega até ele um telegrama anunciando que Frank Miller (MacDonald), um bandido que ele condenou anos atrás, esta chegando no trem do meio dia para vingar-se. Aconselhado pelos amigos a fugir da cidade, Kane resiste à ameaça e sai em busca de companhia para enfrentar o temido assassino e seus comparsas, no entanto, para sua decepção, não encontra ninguém capaz de ajudá-lo. Toda a ação do filme é em torno dessa tensão, da busca de Kane por ajuda. O relógio, que por diversas vezes nos é mostrado em close-up, trás exatamente em tempo real os minutos que antecedem a chegada do trem. Fred Zinnemann (1907-1997), que no ano seguinte venceria o Oscar de melhor diretor pelo drama A Um Passo Da Eternidade, realizou aqui um ótimo trabalho, que embora tenha alcançado enorme sucesso junto ao público e crítica, dividia opiniões. Lançado no auge da fase de “Caça as Bruxas” (período de intensa perseguição aos simpatizantes do comunismo) alguns o consideravam uma verdadeira alegoria ao macarthismo. A declaração mais evidente dessa opinião foi dada por John Wayne (1907-1979) em 1971 quando ele disse em uma entrevista à revista Playboy que o filme era “a coisa mais antiamericana que ele já tinha visto”Tendo esses ideais ou não, Matar ou Morrer imortalizou-se como grande clássico do cinema, venceu quatro Oscar, incluindo melhor ator para Gary Cooper (1901-1961), melhor montagem, melhor canção original (Do Not Forsake On My Darling, de Tex Ritter, que foi até regravada no Brasil em 1997 por Renato Russo no último cd do Legião Urbana “Uma Outra Estação) e com certeza o mais merecido: Melhor trilha sonora; É  incrível como a marcante melodia assinada pelo mestre Dimitri Tiomkim (1894-1979) dá força, poder e emoção a trama. Grace Kelly (1929-1982) estreava seu primeiro grande papel nas telas e sua interpretação assim como a de Lloyd Bridges (1913-1998) é notável. A atriz mexicana Katy Jurado (1924-2002), apesar de possuir um carregado sotaque espanhol, também se destaca e chega a vencer o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante.Obra-prima indispensável a todos os fãs do gênero e do bom cinema antigo.

✩✩✩✩✩

Kane explica a Amy o que esta prestes a ocorrer
Helen Ramirez e Harvey Pell, amigos ou inimigos de Kane?
Solitário e em vão, Kane busca ajuda
Amy por seus princípios religiosos, não aprova a atitude do esposo
Frank Miller e sua gangue procuram o xerife  
Inicia-se o duelo
E  mesmo com toda  Hadleyville  ausente
A Vitória de Kane é certa
Bridges, Jurado, Cooper e Kelly em foto publicitária
Gary Cooper, astro absoluto em Hollywood 
Kelly estréia seu primeiro grande personagem
Cartaz original do filme

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

"A Bíblia... No Início" (1966)

(The Bible... In The Beginning) De John Huston, Com Michael Parks, Stephen Boyd, Ava Gardner, Richard Harris, Peter O´Tolle, George C. Scott, Franco Nero, John Huston, EUA/Itália - Épico Religioso - Cor - Fox - 1966.

As décadas de 50 e 60 foram as campeãs na realização de filmes épicos religiosos; o público, que sempre prestigiou tais produções, lotavam as salas de exibições, proporcionando dessa forma muito lucro aos estúdios. Muitos desses filmes tornaram-se imortais e hoje são considerados grandes clássicos do cinema, como os colossais; Quo Vadis (1951), O Manto Sagrado (1953), Os Dez Mandamentos (1956), Ben-Hur (1959) e O Rei Dos Reis (1961). Em 1966, o já consagrado diretor John Huston (1906-1987), que trazia em seu currículo grandiosas obras primas como O Falcão Maltês (1941), O Tesouro de Sierra Madre (1948), Uma Aventura Na África (1951) e Os Desajustados (1962), decide filmar aquele que se tornou o último grande épico religioso da era de Ouro de Hollywood, A Bíblia... No Início. Realizado nos estúdios da Cinecittá na Itália e produzido pelo Italiano Dino Di Laurentis (1919-2010), o filme nos traz detalhadamente e fielmente os primeiros 22 capítulos do livro de Gênesis.  Vai desde a criação do universo, Adão e Eva, Abel e Caim, passando por Noé e sua arca (Interpretado magistralmente por John Huston), é seguido pela destruição da Torre de Babel e de Sodoma e Gomorra, e finalizado com a história de Abraão, sua esposa Sara e seu filho Isaac. Huston dirige o filme com maestria, em nenhum momento, apesar de quase três horas de duração, se torna cansativo, tem ótimo roteiro de Christopher Fry (1907-2005), que também trabalhou no roteiro de Ben-Hur, e ótima trilha sonora de Toshiro Mayuzumi (1929-1997). É talvez somente um pouco prejudicado pela fotografia, que se torna muito escura em determinadas cenas. Em linhas gerais, a produção, que é uma das mais impressionantes e bem realizadas obras sobre o velho testamento, resistiu bem aos efeitos do tempo, permanecendo hoje indicada tanto aos amantes dos grandes épicos quanto ao público contemporâneo e religioso. 

✩✩✩


A desobediência de Adão e Eva

Do Pó, o homem é criado
A arca de Noé

Adão e Eva sofrendo as consequências do pecado
Os irmãos Abel e Caim, e o primeiro assassinato da história
Os anjos do Senhor visitam Abraão
Abraão com seu filho Isaac
Abraão tem sua fidelidade provada por Deus
Cartaz original do filme
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