sábado, 7 de julho de 2012

"Mata Hari" (1931)

(Mata Hari) De: George Fitzmaurice, Com Greta Garbo, Ramon Novarro, Lionel Barrymore, Lewis Stone, EUA – Drama – P&B – MGM – 1931.

Margaretha Gertruida Zelle nasceu em agosto de 1876 na Holanda. Oriunda de uma família de classe média aos 15 anos perde sua mãe, a descendente de javaneses Andje Van der Meulen e passa a viver somente com seu pai, o empresário Adam Zelle. Diante de dificuldades financeiras Margaretha se casa, tem dois filhos e se torna professora, porém poucos anos depois, no inicio do século XX, deixa tudo para trás e se muda para Paris onde passa a viver graças a seus traços asiáticos como uma dançarina exótica. É nesse momento que ela adota o pseudônimo que a tornaria mundialmente conhecida: Mata Hari. Vivendo na França desde então, Mata era constantemente apontada como uma mulher misteriosa, sensual e promiscua, imagem essa que veio piorar quando após o inicio da primeira guerra mundial ela passa a ser considerada uma espiã internacional por se envolver com importantes e diferentes oficiais militares de diversos países. Presa pelos franceses por espionagem, a agente dupla (atuando para a França e a Alemanha) Mata Hari é condenada ao fuzilamento em 15 de outubro de 1917. 


Greta Garbo como Mata Hari

Após tal fato ser consumado a história de Mata Hari poderia assim como tantas outras cair num profundo e eterno esquecimento, porém isso não aconteceu e seu nome continuou por muitos anos a ser mencionado. Quatorze anos após sua morte a Metro Goldwyn Mayer decide prestar sua homenagem a dançarina exótica escalando a maior atriz do estúdio (e porque não dizer a maior do cinema) para interpretá-la; Greta Garbo. O filme fora dirigido pelo renomado diretor do cinema mudo George Fitzmaurice (1885-1940) responsável pelo mega sucesso e último filme de Rodolfo Valentino, O Filho do Sheik (1926). Com sua direção dura e precisa Fitzmaurice mesmo estando dirigindo um filme sonoro em diversos momentos deixa-nos com a impressão de estarmos assistindo a um filme silencioso, de fato isso é acentuado pelas pesadas interpretações do trio central Garbo, Barrymore e Novarro que ainda estavam presos fortemente a pantomima. Sabe-se hoje que a “cinebiografia” da suposta espiã Holandesa (suposta porque muito se tem estudado sobre ela e nada é encontrado confirmando suas atitudes de traição e espionagem) é um tanto fictícia e os fatos apresentados no filme não passam de tramas puramente cinematográficas. De certa forma a dançarina misteriosa fora bem representada e homenageada por Hollywood, o filme foi um grande sucesso no ano levando multidões aos cinemas do mundo todo. Hoje se tornou um dos mais lembrados e importantes filmes na filmografia da atriz sueca, sem dúvidas um dos grandes clássicos do cinema, imperdível. 

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A exótica e misteriosa dançarina de descendência javanesa
Grande amor do general russo Serge Shubin
E mais tarde do tenente Alexis Rosanoff 
Mata Hari  estando em serviço, recebe ordens
E passa a obedece-las persuadindo seu suposto pretendente
Que logo descobre as reais intenções da infame dançarina
Mata Hari descobre estar realmente apaixonada por Rosanoff
E pressentindo seu destino, entrega-se ao amor do jovem militar
A estrela Nº 1 da MGM
Ramon Novarro, astro do cinema mudo que encontrou limitações no cinema sonoro
Margaretha Gertruida Zelle, a verdadeira Mata Hari
Cartaz original do filme
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