(A Streetcar Named Desire) De: Elia Kazan, Com Marlon Brando, Vivien Leigh, Kim Hunter, Karl Malden, EUA – Drama - P&B - Warner Bros. - 1951.
Elia Kazan após receber o Oscar de melhor diretor em 1948 pelo filme A Luz é Para Todos tornou-se um dos mais conceituados e admirados diretores de Hollywood. Responsável por enormes sucessos, Kazan era sinônimo de lucro garantido em todos os estúdios que passava, como em; Viva Zapata – Fox, Sindicato de Ladrões – Columbia, Vidas Amargas – Warner, etc. Em 1947, enquanto trabalhava em A Luz é Para Todos, Kazan estreava na Broadway uma das peças mais famosas de todos os tempos, “Um Bonde Chamado Desejo” do Dramaturgo americano Tennessee Williams (1911-1983). A Peça que ficou em cartaz até 1949 obteve enorme sucesso de público e critica, além do prêmio Pulitzer que é considerado o Oscar do teatro. Na Inglaterra, onde a peça foi levada aos palcos com outro elenco e sob a direção de Laurence Olivier, o sucesso também foi inevitável. Em 1950 após dirigir Pânico Nas Ruas na Fox, Elia Kazan com a certeza do sucesso decide levar às telas de maneira "quase" fidedigna a trama de Williams. Os direitos sob a peça, que haviam sido adquiridos por Jack Warner, fizeram de Uma Rua Chamada Pecado o filme mais aguardado da Warner Bros em 1951.
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Temperamentos a flor da pele |
Sabendo que encontrariam problemas junto à censura da legião da decência, diversas mudanças tiveram que ser feitas para adequar StreetCar aos padrões da época. Tennessee Williams praticamente reescreveu grande parte do roteiro, sequências inteiras se quer foram filmadas, enquanto outras mesmo depois de concluídas, tiveram que ser modificadas. Apesar de tantas mudanças, para a legião o filme de Kazan continuava indecente e imoral, e mesmo tendo sido liberado, sua classificação era a máxima de censura. Com isso a igreja católica influenciava veemente seus seguidores a não irem aos cinemas assistir esses filmes “condenados”. Mesmo com tantas contribuições negativas, Uma Rua Chamada Pecado (uma das traduções de títulos mais absurdas da história) se tornou um dos maiores sucessos daquele ano.
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Blanche DuBois conhece o cunhado Stanley Kowalski |
O Filme (e obviamente a peça) mostra a difícil convivência de Stanley Kowalski (Brando) com sua cunhada Blanche DuBois (Leigh) que após chegar na casa da irmã Stella (Hunter) transforma completamente a vida do casal. A Interpretação de Vivian Leigh foi digna do Oscar que recebeu assim como a de Karl Malden (preferido de Kazan em diversas produções). Marlon Brando que só havia feito nos cinemas Espíritos Indômitos (1950) ao lado de Teresa Wright, repete nas telas sua magistral e perfeita atuação do grosseiro e machista Stanley. Depois de Uma Rua Chamada Pecado o ator se consolidou como um dos maiores atores de Hollywood de todos os tempos. Das 12 indicações que o filme recebeu ao Oscar, venceu 4. Entendemos que naquele ano a disputa estava mais do que acirrada, entretanto é inaceitável para qualquer cinéfilo que o melhor filme tenha sido Sinfonia de Paris. Atenção para a incrível trilha sonora de Alex North. Visto hoje Uma Rua Chamada Pecado continua intacto, pesado e marcante, seu ótimo e ambíguo roteiro dá classe e poder as perfeitas atuações que mesmo passados sessenta anos, ainda choca e emociona qualquer mortal que tem o privilégio de assisti-lo.
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Surgem as desavenças |
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O Temperamento de Kowalski surpreende até os amigos mais próximos |
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A paixão avassaladora de Stella |
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Blanche e Mitch |
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Stella e Stanley |
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Um aniversário "quase" perfeito |
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O "Rei" da casa impõe suas ordens |
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A Covardia de Stanley |
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Nasce o novo astro de Hollywood |
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Vivian Leigh, Marlon Brando, Kim Hunter e Karl Malden |
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Cartaz original do filme |
Esse é um grande clássico, com atuações poderosas de Brando e Leigh. Concordo que a tradução do título é péssima. Que há de errado com "um bonde chamado desejo"?
ResponderExcluirNão tenho certeza, mas acho que filme teve outro título no Brasil porque a peça de Tenessee Willians foi proibida por aqui.Daí, foram o jeito que encontraram para liberar o filme no Brasil.
ResponderExcluirJefferson, espere um monte de acessos, pois teu post foi parar na primeira página de resultados do Google.
"Steeeeeeeeeeeeeeeeellaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa"! Brando gênio!
Valeu Lê, por marcar presença, pois é, o que há de errado com Um Bonde Chamado Desejo?
ResponderExcluirFábio, realmente sua resposta para essa pergunta tem fundamento, e muito por sinal.E é sério quanto a página de resultados do Google? Legal, esse filme merece o maior destaque possível,
Abração Pessoal...
É sério. É o último da primeira página, mas é na primeira página! Abraço!
ResponderExcluirAh, que filme... Avassalador, erótico, contestador, um "puta filme" sobre "almas putas"! Um dos melhores "Marlons Brandos" (só perde para "Poderoso Chefão" e "Sindicato de Ladrões")! Genial, do início ao fim, mesclando, com maestria, Cinema e Teatro da melhor maneira possível! Abração e apareça!
ResponderExcluirPossivelmente a melhor adaptação de Tennessee Williams para o cinema. Kazan tira o máximo de um elenco magnífico.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Não curto Tennessee Williams ou outros filmes extraídos de obras teatrais (com exceção de Shakespeare), mas devo reconhecer que Brando esta em sua melhor forma física, e Vivien sempre magistral mas já com a saúde bem abalada nesta época.
ResponderExcluirDesnecessário dizer a qualidade deste Post. O INMETRO deu DEZ!
Forte abraço
Paulo Néry
Clássico absoluto!
ResponderExcluirPreciso assistir novamente com urgência!
Excelente postagem meu caro Jefferson!
http://sublimeirrealidade.blogspot.com/2012/03/millennium-os-homens-que-nao-amavam-as.html
A começar pela direção e depois pelo elenco grandioso. Unir duas figuras tão célebres num único filme só poderia resultar neste clássico. Apesar de não ser fanática pelo Marlon Brando até pouco tempo atrás (depois que vi Espíritos Indômitos mudei minha opinião a seu respeito) este filme é mais um daquela lista de indispensáveis pra quem gosta de cinema. Vivien está linda, e já conta com grandes obras em sua filmografia. E Brando... me falta palavras pra ele. Um excelente post! Ou melhor, mais um excelente post.
ResponderExcluirRubi, concordo com vc, unir dois monstros como Leigh e Brando só podia dar nisso mesmo.... Perfeição...
ResponderExcluirBruno, realmente, clássico absoluto,
Paulo que pena que não gosta dos filmes saídos de obras teatrais, alguns (como esse) são obras obrigatórias para qualquer um,
Antonio, sim, é a melhor adaptação de Tennesse para o cinema, em seguida Gata em Teto de Zinco Quente que também é muito bom e igualmente ousado,
Dilberto, cara, um puta filme essa é a palavra,acho que Brando esta melhor em Uma Rua, depois Sindicato e por último O Poderoso Chefão (aqui ele já estava com o ego muito nas alturas...)
Aplaudindo de pé este teu sensacional post.Nem tenho o que dizer,pois tudo já foi dito por nossos craques da cinefilia.Um filme de primeira,com atores e diretor de primeira e este teu excelente trabalho que nos presenteia hoje resultou numa das, grandes postagens da temporada.Quanto a Marlon Brando,apesar de achar um grande ator,tenho a impressão que foi um dos caras mais arrogante e insuportável que já passou pela telas do cinema em todas as épocas.Mesmo assim ,tiro meu chapéu para suas interpretações.Meu grande abraço.
ResponderExcluirOi, Jefferson :) Eu tenho que assistir esse filme, principalmente por ser um clássico do cinema. E depois eu só conheço um pouco do trabalho do Marlon Brando por causa de "O Poderoso Chefão". Fiquei realmente interessada nesse filme. Tanto pelo roteiro, quanto pelo elenco.
ResponderExcluirJá vou adicionar o título no meu Filmow.
Bjs ;)
Obrigado pela Visita Ana, Não deixe de ver esse filme, garanto que vc vai preferir Brando aqui do que no Poderoso Chefão....
ResponderExcluirAbração
Arrasto comigo um defeito terrivel; quando cismo com uma fita não tem quem faça eu assisti-la.
ResponderExcluirIsso aconteceu como por exemplo, esta do comentário, Fuga Para a Vitória, não vi nenhum dos filmes de Soderberg sobre os assaltos aos cassinos, não vejo nada que tenha Wood Allen no meio, e assim muitas outras coisas e fitas mais.
Sei que é um péssimo defeito pois, muitas vezes deixo de ver boas fitas por pura cisma. Mas faz parte de mim e não sei o que fazer. E, quando teimo e assisto, sempre falo para mim "sabia que isso não prestava.
De forma que não vi Uma Rua Chamada Pecado e não pretendo jamais ve-la, pois sei que vou me arrepender, apesar de saber que posso estar errado.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, por favor, só te digo uma coisa:
ResponderExcluirASSIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISTA.
Vivien Leigh soberba,embora ela mesmo admita que Blanche a levou à loucura,Brando com presença fortíssima,coadjuvantes impecáveis,direção de Kazan perfeita,ou seja,IMPERDÍVEL.
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