terça-feira, 1 de maio de 2012

"Bonequinha de Luxo" (1961)

(Breakfast At Tiffany´s) De Blake Edwards, Com Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Mickey Rooney, Martin Balsam, EUA – Comédia Romântica – Cor – Paramount – 1961. 

Após um ano e meio afastada das câmeras devido sua licença maternidade, em 1961 quando retomou suas atividades, Audrey Hepburn (1929-1993) sequer imaginava que estava prestes a estrelar aquele que se tornaria seu mais famoso filme; Bonequinha de LuxoQuando os estúdios Paramount Pictures adquiriram no inicio dos anos 60 os direitos sobre o livro Breakfast At Tiffany´s de Truman Capote (1924-1984), a pedido desse, foi feito um convite a Marilyn Monroe (1926-1962) para que ela estrelasse o papel de Holly Goligtly. Monroe, que naquela altura estava sob os cuidados de seu professor Lee Strasberg (1901-1982) no Actor´s Studio´s, recusou por intermédio dele o convite, alegando que não seria interessante para sua imagem atual interpretar uma “acompanhante de luxo”. Ao invés disso, Marilyn Monroe é emprestada a MGM onde atua sob a direção do renomado diretor John Huston (1906-1987) no pesado Os Desajustados (1962), esse que fora o último filme da atriz. Audrey Hepburn por sua vez, via em Holly Goligtly um desafio para sua carreira. Ela que vinha de diversos filmes sempre sob o estereótipo da boa moça (A Princesa e o Plebeu, Sabrina, Cinderela em Paris, Guerra e Paz, Uma Cruz a Beira do Abismo...) tinha com Bonequinha de Luxo plenas condições de provar ainda mais seu grande talento. E assim aconteceu, mesmo sem a aprovação de Capote, a estrela da Paramount é contratada para estrelar o filme sob a direção do “quase desconhecido” Blake Edwards (1922-2010). O roteiro, ficou a cargo do exímio  George Axelrod (1922-2003), que anos antes havia sido responsável pelos ótimos scripts de O Pecado Mora ao Lado (1955) e Nunca Fui Santa (1956). Axerold, que já era experiente em adaptar para o cinema famosas peças e livros com conteúdos considerados impróprios, ao aceitar o desafio de trabalhar em Breakfast At Tiffany´s, completou a equipe da mais bem sucedida comédia romântica da história do cinema. 


Audrey Hepburn é Holly Goligtly 

Holly Goligtly (Hepburn) é uma jovem sonhadora que foge de um infeliz casamento no interior em busca da felicidade na cidade grande. Em Nova York, diante das dificuldades, acaba se tornando uma acompanhante de luxo sob os cuidados de O. J Berman (Balsam). Quando o escritor secundário Paul Varjak (Peppard) passa a ser vizinho de Holly, nasce entre eles um forte e sincero sentimento que ela ignora completamente por viver em busca de um pretendente milionário. O título original do filme (e também do livro) se refere aos cafés da manhã de Holly na frente das vitrines da joalheria Tiffany ao fim de suas longas e boemias noites. Venceu duas categorias do Oscar, melhor trilha sonora (Henry Mancine) e melhor canção original (Moon River, que segundo consta seria cortada da edição final do filme e que só permaneceu depois da insistência de Audrey Hepburn). O Filme continua hoje, mais de cinquenta anos após seu lançamento, completamente autêntico e encantador. A imagem de Hepburn permanece ligada a Holly Goligtly mais que em qualquer outro personagem. Os figurinos assinados por Edith Head (1897-1981) só comprovam por que ela é considerada isoladamente a melhor figurinista de todos os tempos. Em suma podemos afirmar que, Bonequinha de Luxo além de uma ótima comédia romântica, é um grande clássico do cinema, obrigatório e indispensável em qualquer coleção. 

✩✩✩✩✩


Holly e "O Gato"
Holly e Paul se conhecem
E mesmo Paul sendo "comprometido"
Os verdadeiros sentimentos se manifestam
Holly e Paul passam o dia fazendo o que nunca fizeram
O Fim e o começo
Breakfest At Tiffany´s
Foto publicitária
Peppard e Hepburn em foto publicitária
Cult
Cartaz original do filme

15 comentários :

  1. Apesar de passar bem longe do texto original, ainda assim, é um otimo filme. O que só comprova q adaptações não precisam ser fieis as peças literarias. Gostei da postagem, lindas fotos. Abração.

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  2. Realmente um filme indispensável em qualquer coleção. Para ver e rever...

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  3. Estou com este filme em casa para conferir.

    Abraço

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  4. Nossa, que super clássico! Sempre tive vontade de ver esse filme, vou ver se mando minha amiga baixar pra mim :)

    http://monteolimpoblog.blogspot.com.br/

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  5. Que saudades. Vontade de rever. Adoro a Patricia Neal nesse filme.

    O Falcão Maltês

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  6. Nobre Jeff, gostei muito de seu novo Banner, esta impecável, parabéns. Quanto a este clássico, quanta coisa para se dizer não é mesmo? sem dúvida, uma das histórias românticas mais emotivas que a Sétima Arte nos tributa. Obra prima sem defeitos, que todo bom cinéfilo com bom gosto sabe apreciar e tem em seu acervo.

    Parabéns, um grande abraço.

    Paulo Néry

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  7. Que dizer de Bonequinha de Luxo? Sei que muita gente conhece a imagem de Audrey por causa deste filme, mas poucos foram conferí-lo. Uma pena. além de cult, é super bonito (e que lindo figurino!). Não dá para pensar em Marilyn no papel de Holly.
    Também gostei muito do banner novo no topo.
    Abraços!

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  8. Marilyn parecia estar de adivinha. Deixou de interpretar um bom papel para fazer um outro ainda melhor. E que se tornaria, no meu ver, um dos quatro melhores de sua carreira. Ou sejam; Os Desajustados, O Rio das Almas Perdidas e Quanto Mais Quente Melhor e O Pecado Mora ao Lado. Mas, em termos de atuação, personagem que exigiu muito de seu talento, Os Desajustados foi o que mais exigiu de seu bom talento.

    Não assisto a Bonequinha de Luxo. Tenho aversão a George Peppard e, por isso, devo ter perdido um dos melhores filmes de Hepburn.

    Mas, não me arrependo muito pois, vi duas pérolas de fitas com ela que foi; A Flor Que Não Morreu e A Princesa e o Plebeu.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  9. Olá, Jefferson
    Não dá nem para pensar em Marilyn Monroe como Holly Golightly (há um delicioso trocadilho no nome da personagem). Onde achar em MM a classe, a elegância, o charme, a delicadeza de Audrey Hepburn, uma das mais maravilhosas mulheres que passaram por este mundo. Não é um grande filme, mas é um filme inesquecível por ela e pela canção-tema de Mancini e Johnny Mercer. George Peppard deixa um pouco a desejar ao lado de Audrey, mas fazer o que? Ao lado dela qualquer ator desaparece. Há no filme uma gozação com os brasileiros na figura do Don Juan José Luís de Villalonga. Belíssima lembrança a desse filme, Jefferson. Só de lembrar dá vontade de assistir novamente e olhara encantadora Audrey como se olha uma flor, um quadro de Renoir ao som de uma canção de Henry Mancini.
    Um abraço - Darci

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  10. Celo, não conheço o livro mas imagino que como TODAS adaptações, está longe do original...

    Gilberto, pra ver, rever, ver de novo,

    Hugo, iai já viu? o que achou?

    Antonio, não gosto de Patricia Neal aqui, ela esta muito "biscatão", a prefiro em O Dia em Que a Terra Parou...

    Gabriel, compre o filme original e guarde-o para sempre, custa menos de 15,00 reais em qualquer loja, é mais fácil acha-lo do que passar Dr. Dolitlle na sessão da tarde.

    Paulo, valeu pelo elogio, o banner é simples, fiz as pressas...

    Lê, fiquei sabendo que esses dias, aquele vestido curto, rosa que ela usa quando chega ao apartamento com o brasileiro, e recebe o telegrama sobre o irmão Fred, lembra-se? Pois é, foi leiloado por uma bagatela, apenas $ 200.000 será que quem comprou parcelou no cartão?

    Jurandir, gosto muito de Marilyn em Nunca Fui Santa, nesse filme, ela nem parece ser ela mesma, até a voz é trabalhada, perfeito, em Os Desajustados ela já esta muito deprê, pra baixo, e o papel ainda ajuda...Quanto a Breakfast, Você NÃO o viu só por causa do Peppard? Deixe de lado sua birra com ele e assista, vale a pena conferir, e quanto a Peppard, quem é ele? Nem merece seu descaso... Audrey seu gato e Henry Mancine vale por tudo,

    Darci, Concordo plenamente com suas palavras, só que minha ignorância não deixou eu entender o trocadilho de Holly Golightly, ajude esse pobre desletrado...

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  11. Jefferson
    Muitas vezes os nomes das pessoas insinuam alguma coisa em Inglês. Capote certamente pensou num nome bem adequado para a heroína de seu livro. Holly poderia ser entendido como algo celestial, ainda que a palavra sagrada em Inglês se escreva Holy, com um L apenas. Go é o verbo ir e Light pode ser claro, alegre, com o sufixo ly que é mente completando. Eu pelo menos entendi que se trata de alguém sublime que passa pela vida alegremente. Não é a própria tradução de Audrey Hepburn? Como você lembrou, Audrey não teria sido a primeira escolha de Capote. Mas será que Capote estava normal quando pensou em Marilyn vestida por Givenchy, com aquela longa piteira? Seria risível para não falar outra coisa.
    Um abraço - Darci

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  12. Jefferson é muito bom deparar com um texto seu sobre este clássico. Pode um filme ficar no imaginário popular para sempre? Pode! Eis "Bonequinha De Luxo", cultuado por todos, um filme simpático, bonito, glamouroso com o trabalho irretocável de Edith Head e além de tudo, romântico. Avó de "Uma Linda Mulher" rs!

    Audrey é uma das mulheres mais icônicas do cinema. Amo-a!

    Abraço.

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  13. Sério? O personagem dela é audacioso e sofisticado... Uma maravila

    O Falcão Maltês

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  14. CAMPANHA: NOSSO FOCO É O CINEMA

    Para um BLOGUEIRO CINÉFILO cinema é arte, talento e magia. Ele lê muito sobre a sétima arte, pesquisa, passa horas diante do computador, coleta imagens raras e principalmente vê filmes, muitos filmes. Movido pela paixão cinematográfica, abre as portas para um novo mundo. O que mais o anima a continuar são os COMENTÁRIOS dos internautas. Tornar-se SEGUIDOR do seu blog é uma grande alegria. Pense nisso e apoie os blogs cinéfilos DEIXANDO COMENTÁRIOS e SEGUINDO-OS. O cinema agradece.

    O Falcão Maltês

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  15. Jefferson, quanto tempo! Estava com saudades do seu blog. E quando volto, dou de cara com um post desses? Impossível não comentar a respeito. Sempre gostei muito da Audrey Hepburn, e esse, sem dúvida alguma, é um dos meus filmes preferidos. Personagens extremamente carismáticos, trilha sonora encantadora (e inesquecível) e a história dispensa comentários. Um filme indicado, ou melhor, obrigatório pra qualquer cinéfilo.

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