(The Best Years Of Our Lives) De William Wyler, Com Fredric March, Myrna Loy, Dana Andrews, Teresa Wright, Harold Russell, Virginia Mayo, Gladys George, Cathy O´Donnell, Hoagy Carmichael. EUA - Drama - P&B - Samuel Goldwyn - 1946.
Quando um filme alcança grande sucesso entre o público, é bem recebido pelas criticas e vence diversas categorias do Oscar, pode-se concluir que esse tem grandes chances de se tornar uma obra prima. De fato é certo afirmar que alguns desses filmes são, na maioria das vezes, originais, inovadores e com temas nunca antes abordados. Os filmes bélicos sempre existiram e sempre renderam muito lucro a todos os seus realizadores, desde os primórdios do cinema o público já estava habituado a assistir filmes sobre a guerra da secessão, das duas grandes guerras mundiais e mais tarde se acostumariam também com os filmes sobre a guerra da Coréia, do Vietnã e etc. A Segunda guerra mundial havia acabado há apenas um ano, e era esse portanto, o momento certo para lançar Os Melhores Anos de Nossas Vidas que se tornou o primeiro grande filme a abordar as dificuldades dos soldados na readaptação a vida civil após retornarem da guerra. O que era para ser um momento de alegria e felicidade, para muitos se tornaram momentos difíceis e duros de suportar.
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Fred, Al e Homer se conhecem quando voltam para a casa |
Milhares de americanos por todo o país se identificaram com o sargento de infantaria Al (March), o capitão da aviação Fred (Andrews) e o soldado da marinha Homer (Russell) que na trama se conhecem em um avião de volta para casa logo após o termino dos conflitos na Europa. Os três marcados por suas experiências se sentem inseguros ante o que os espera em seus lares. Al reencontra os filhos já adultos e percebe que não se adapta mais em seu trabalho, acaba refugiando-se nas bebidas, Fred se decepciona com sua esposa Marie (Mayo) que passou a trabalhar em um night club e acaba se relacionando com a filha de Al, Peggy (Wright), Homer que perdera as duas mãos em um ataque recusa a ajuda da família e torna-se áspero com a namorada Wilma (O´Donnell) acreditando que seus sentimentos para com ele são de compaixão ao invés de amor.
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E temem o retorno a vossas antigas vidas |
Os mais de 170 minutos do filme é precisamente com base nesse contexto, mostrar as dificuldades de adaptabilidade perante a atual sociedade. Samuel Goldwyn foi feliz em seu anuncio, pois Os Melhores Anos de Nossas Vidas alcançou sucesso absoluto junto ao público e crítica de todo o mundo além de vencer sete categorias do Oscar: melhor filme, diretor, roteiro adaptado (Robert Sherwood) ator (Fredric March) Ator Coadjuvante (Harold Russell que na verdade nem era ator e sim um verdadeiro combatente e que realmente perdera as duas mãos em ação durante a segunda guerra), trilha sonora, e melhor edição. O filme tornou-se uma obra prima e ao longo dos anos vem sendo copiado de diversas formas. Os Melhores Anos de Nossas Vidas assim como qualquer outra obra prima, tem todo seu reconhecimento por ter sido o primeiro, o original e acima de tudo um dos melhores filmes bélicos já realizados pela indústria americana, simplesmente imperdível e obrigatório em qualquer coleção.
Sempre tive curiosidade para ver este filme, mas ainda não tive a oportunidade.
ResponderExcluirHarold Russel, além de ganhar como Ator Coadjuvante, também recebeu um Oscar Honorário por dar esperança aos mutilados na guerra. Foi a única vez que isso aconteceu.
Abraços!
William Wyler foi um Mestre, Jefferson. Este filme na época de seu lançamento era um tema atual, que Wyler soube conduzir com muita inteligência, e muito embora nos dias de hoje se fuja do tema, as dificuldades de recomeço ainda são bem atuais. É um filme que tem como ponto de partida uma profunda reflexão.
ResponderExcluirParabéns pela matéria, Jefferson, este é um filme que precisa ser visto e revisto sempre por nós amates do cinema. Boa semana!
Paulo Néry
Filmes Antigos Club Artigos
http://www.articlesfilmesantigosclub.blogspot.com/
O Loko Dan, desse jeito até eu vou reler meu texto.... Abração
ResponderExcluirLê e Paulo, vcs são de casa e cada palavra q escrevem em seus comentários só somam com o texto..... abração
Boa tarde Jefferson!
ResponderExcluirParabéns pelo excelente texto, ainda não o assisti, pra falar verdade já tinha um bom tempo que eu não ouvia ou lia nada sobre ele, foi você ter me lembrado vou colocá-lo na minha lista para estas férias... Forte abraço amigo!
http://sublimeirrealidade.blogspot.com/2012/01/contagio.html
Pois é Bruno, Filmes como esse, NUNCA podem se tornar esquecidos,mas infelizmente com o tempo é certo que muita coisa boa vai sendo levado com o vento... Mas assista, filmão....
ResponderExcluirWyler é um dos meus diretores favoritos e admiro incondicionalmente Fredric March, mas esse filme não me empolga (assim como ROSA DA ESPERANÇA)... Preciso revê-lo. Quem sabe...
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Esse eu ainda não vi, mas vai entrar para a minha lista de prioridades. Wyler foi um grande diretor, talvez não tão valorizado como deveria devido à teorias da Nouvelle Vague. Abraço!
ResponderExcluirEu simplesmente AMO ESTE FILME, tenho até em fita de vídeo, mas como não existe mais video cassete nunca mais pude ver, o que lamento muito, pois adoro este filme. Parabéns por amar o cinema antigo, pois eu também amo.
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